Portalegre-Castelo Branco: Comunidades católicas solidárias com a República Democrática do Congo

D. Antonino Dias aponta para «a lógica do dom que gera confiança»

Portalegre, 15 fev 2018 (Ecclesia) – O bispo de Portalegre-Castelo Branco informa que a renúncia quaresmal na diocese se destina a ajudar a construir um Centro de Saúde na Arquidiocese de Kananga, na República Democrática do Congo, e ao Fundo Social Diocesano gerido pela Cáritas.

Na mensagem publicada online, D. Antonino Dias explica 75% da partilha solidária da Quaresma 2018 vai apoiar a construção de um Centro de Saúde na Arquidiocese de Kananga, Província do Kasai Central, na República Democrática do Congo (RDC).

O bispo de Portalegre-Castelo Branco informa que o objetivo desse Centro de Saúde é, sobretudo, “socorrer as crianças roubadas às famílias” e que foram usadas como soldados ou que perderam os seus pais na guerra.

A Diocese de Portallegre-Castelo Branco conta com um sacerdote da RDC a trabalhar na zona pastoral de Nisa.

O restante valor da renúncia quaresmal, 25%, vai reverter para o Fundo Social Diocesano que é gerido pela Cáritas e que “prestou todo o seu apoio à reconstrução”, e a outros gastos inerentes, de 14 casas de primeira habitação que arderam nos incêndios do verão de 2017, na zona do Pinhal.

A Quaresma começou com a celebração de Quarta-feira de Cinzas e serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.

“Todos os anos a Quaresma surge na Igreja como dom e tempo favorável para, progressivamente, cada um de nós ser mais capaz de viver da graça e do dom de Deus assumindo no nosso quotidiano o estilo de Jesus Cristo”, assinala o bispo de Portalegre-Castelo Branco

Neste contexto, D. Antonino Dias explica que o novo tempo litúrgico é, por excelência, “de quem se prepara e dá passos para ser batizado na fé em Jesus Cristo”.

“É o tempo em que os cristãos, já batizados e a viver a história de todos os dias, são desafiados a reavivar o dom do seu batismo e a refontalizar a sua fé”, observa.

Segundo o bispo de Portalegre-Castelo Branco a fé “tem, de facto, a marca da gratuidade”, sendo “da ordem e da lógica do dom”.

“Não espera recompensa para dar o passo, não exige retribuição para se comprometer. Ao dom recebido responde sempre com a entrega confiante. É motivação, confiança, liberdade e compromisso. Nunca obrigação”,

Os próximos 40 dias são um período marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, “três grandes sinais ou atitudes” que são “oportunidade e ocasião da redescoberta da fé”.

“Reza-se para ouvir Deus e Lhe falar, para descobrirmos que não nos faz bem a loucura de querer ocupar o lugar que só Deus pode ter. Jejua-se para percebermos que há muitas coisas com as quais não podemos nunca confundir-nos ou até misturar-nos”, explica D. Antonino Dias.

“Partilha-se para descobrirmos e saborearmos o gosto de nos sabermos amados e acompanhados em cada passo da vida”, acrescenta, na mensagem para a Quaresma 2018 publicada no sítio da Diocese de Portalegre-Castelo Branco.

CB/OC

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