JOC fala em futuro «roubado» para toda uma geração
A Juventude Operária Católica (JOC) em Portugal, lançou um manifesto para assinalar a celebração do “Dia Internacional do Trabalho Digno”, hoje, 7 de Outubro, afirmando que há “toda uma geração que vê ser-lhe roubado o futuro”
“Todos os dias, os jovens são confrontados com situações de desemprego, contratos laborais precários, instabilidade laboral, trabalho a recibos verdes, baixos salários, pressões exacerbadas por parte das entidades patronais, perda de direitos e más condições de trabalho que põem em causa a sua segurança”, indica o documento, enviado à Agência ECCLESIA.
Para a JOC, “existe um sentimento de frustração, os jovens não se sentem realizados no que fazem e isso reflecte-se tanto no trabalho como na família”.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego de jovens com menos de 35 anos atinge já os 20,3%.
“Os jovens precisam de oportunidades, autonomia, emancipação e capacitação para que o desenvolvimento e o crescimento das sociedades sejam garantidos”, indica o movimento católico.
Os membros dos movimentos europeus da JOC decidiram lançar este Manifesto, integrado na Campanha Europeia sobre a Dignidade dos Jovens Trabalhadores, iniciada a 1 de Maio do presente ano e que se prolongará durante os próximos dois anos.
“A luta por um trabalho digno, de qualidade e com direitos é essencial para que se possa construir uma Europa mais justa e mais solidária”, pode ler-se.
A JOC defende um “desenvolvimento económico e social centrado na pessoa e na dignidade humana e comprometido com a juventude, através de estratégias que promovam, efectivamente, o trabalho digno. Mais do que palavras de ocasião, exige-se acção”.