Política: Cristãos devem «intervir sem medo»

Numa altura em que Portugal se prepara para escolher novo Governo, D. António Marcelino apresenta aos fiéis um «programa político válido e imperioso»

Lisboa, 27 mai 2011 (Ecclesia) – O bispo emérito de Aveiro considera que, “qualquer que seja o resultado” das eleições do dia 5 de junho, os cristãos deverão continuar a “intervir sem medo” a favor de “uma sociedade livre e aberta ao bem de todos”.

Num texto intitulado “programa político de um cidadão cristão, responsável e livre”, publicado esta sexta-feira no Jornal de Opinião da Agência ECCLESIA, D. António Marcelino destaca o “valor determinante” que uma “fé comprometida, alimentada nas raízes evangélicas”, poderá ter, no sentido de “ajudar” a criar um “Portugal de rosto lavado”, em todos os sentidos, a começar pelo poder político.

“Aos governantes não se dispensa a lucidez sobre os objetivos para bem da comunidade, o administrar com honestidade o erário público, o acolher e fomentar a participação regulamentada da iniciativa privada, o dar exemplo claro de compromisso democrático” avisa o prelado.

Numa altura em que o país espera por um novo Governo, o bispo emérito de Aveiro realça que essa mudança não pode passar apenas por uma nova atitude face à economia, mas principalmente por um novo olhar sobre a “pessoa humana”. 

“Não pode haver pessoas a quem tudo sobra e pessoas a quem tudo falta, gente reverenciada e gente desprezada” avisa o prelado, sustentando que os poderes políticos, económicos e sociais têm vindo a negligenciar aquilo que deveria ser “o verdadeiro património da nação”.

Segundo D. António Marcelino, este cenário torna-se ainda mais evidente quando se olha para a situação difícil em que se encontram as famílias, maltratadas por “projetos e leis de destruição e de minimização, com base em ideologias estranhas e maiorias parlamentares”.

“As mudanças sociais e culturais obrigam à reflexão para defender valores e instituições naturais e universais, não para os aniquilar ou relativizar” realça o bispo emérito, que inclui ainda nesta matéria o valor da educação.

Os cristãos são desafiados a lutar por uma educação onde a “prioridade” seja dada à “pessoa na sua integridade, aberta aos valores morais, éticos e transcendentes, baseada em projetos educativos sérios”, responsabilizando comunidades locais, autarquias e governo.

Correio do Vouga/JCP

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Agência ECCLESIA

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