Política: Arcebispo de Évora lembra «sacrifícios» dos portugueses e pede «bom senso» na formação do Governo

D. José Alves diz que estabilidade é um «bem fundamental»

Évora, 16 out 2015 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora disse à Agência ECCLESIA que os líderes políticos devem respeitar os “sacrifícios” da população no momento em que estão a negociar a formação do novo Governo, após as Legislativas de 4 de outubro.

“O fundamental é que os sacrifícios que os portugueses fizeram nestes últimos quatro anos não sejam em vão”, referiu D. José Alves.

O responsável falava à margem da inauguração de uma nova delegação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre no convento de Santa Clara, esta quinta-feira.

“Estamos a viver um momento muito crítico, pela indecisão que se percebe que existe, não sabemos bem o rumo que a governação do nosso país vai tomar”, assinalou o arcebispo.

Para D. José Alves, é importante encontrar “uma fórmula que dê estabilidade governativa” ao país, porque sem estabilidade “não é possível progredir, é um bem fundamental”.

“Confiemos no bom senso das pessoas, porque apesar do que escreve ou do que se diz para a Comunicação Social, eu continuo a confiar no bom senso, na prudência das pessoas que estão empenhadas neste processo de negociação”, acrescentou.

O arcebispo de Évora entende que “nestes momentos difíceis e nos outros todos”, a Igreja Católica tem procurado “ser uma voz de consenso e de prudência, de esperança também”.

O dirigente social-democrata José Matos Correia recordou hoje em conferência de imprensa as decisões dos anteriores presidentes da República socialistas Mário Soares e Jorge Sampaio para defender que só quem vence as eleições pode formar Governo.

Já os líderes de BE e do PCP vão reunir-se esta tarde no Parlamento para dialogar sobre as negociações iniciadas pelo PS visando uma hipótese "alternativa de governação à esquerda", disseram à Lusa fontes partidárias.

PA/OC

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