Comissão Europeia já apresentou proposta nesse sentido mas «26 dos 27 estados membros parecem dispostos a rejeitá-la»
Bruxelas, 15 mai 2012 (Ecclesia) – Catorze organizações não-governamentais (ONG’s) lançaram hoje, em Bruxelas, uma campanha de reivindicação de fundos comunitários, com o objetivo de levar os países da União Europeia a intensificarem o combate à pobreza e exclusão social.
Em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN), entidade coordenadora da iniciativa, realça que a Comissão Europeia já apresentou uma proposta favorável à libertação de verbas, em outubro passado.
Na altura, o projeto de Bruxelas previa a atribuição de “uma percentagem mínima de 25 por cento do orçamento da política de coesão” para o Fundo Social Europeu (FSE) e, por sua vez, a canalização de “um mínimo de 20 por cento do FSE” para o apoio aos mais desfavorecidos.
No entanto, a proposta da Comissão pode esbarrar na intransigência da maioria dos países da União Europeia, já que, segundo a EAPN, “26 dos 27 estados-membros parecem dispostos a rejeitá-la”.
Para o diretor da Rede, “é inacreditável que os estados-membros se estejam a preparar para bloquear” uma decisão que seria entendida como “algo concreto para atingir a meta de redução da pobreza”.
Uma meta que foi “acordada pelos líderes da União Europeia, como parte integrante da Estratégia Europa 2020”, mas que só será atingida quando os princípios estabelecidos passarem a “ações”, realça Fintan Farrell.
A campanha “Fundo Europeu para Reduzir a Pobreza – Já!” é complementada com a abertura de uma petição online para reunir “o maior apoio possível”.
Para além da coordenação da EAPN, a iniciativa conta com a participação de organizações como a Cáritas Europa, a Rede Europeia Contra o Racismo, a Eurodiaconia, a Plataforma das ONG Sociais Europeias e a Associação Europeia de Prestadores de Serviços para Pessoas com Deficiência.
JCP