Os cerca de 300 metros de passadeira que separam a Cruz Alta do Santuário de Fátima da Capelinha das Aparições – que os fiéis percorrem de joelhos – são, por esta altura do ano, mais difíceis de cumprir. Ontem, o corredor de mármore registava uma temperatura superior a 50 graus. Para os peregrinos que se socorrem das mãos para ajudar a suportar uma “caminhada” de 300 metros de joelhos, os dias de calor intenso dificultam-lhes a tarefa. Em situações adversas, vale-lhes a ajuda da Associação Servitas de Nossa Senhora de Fátima, que também dá apoio aos peregrinos nas Confissões e no Lava-Pés, para além de prestar assistência médica, facilitar o acolhimento, entre outros serviços. Por esta altura, quando o Santuário de Fátima acolhe a segunda maior peregrinação do ano – a Peregrinação Internacional Aniversária do 12 e 13 de Agosto, dedicada aos migrantes e refugiados -, uma equipa de 20 Servitas, exclusivamente virada para os fiéis que cumprem promessas de joelhos, mune-se de garrafas e garrafões de água. Não só para dar de beber, como também para molhar a passadeira. É apenas uma das soluções de que dispõem para dar aos fiéis a «maior tranquilidade possível» no cumprimento das suas promessas, disse ao Diário de Leiria João Castro, da Associação Servitas. Prevê-se que a afluência de peregrinos à Cova da Iria registe hoje o seu maior pico, congregando 200.000 pessoas, em especial durante as celebrações da manhã presididas pelo bispo de Créteil (França), Daniel Labille.