Cardeal Patriarca pede aos fiéis que se abram à acção transformadora do Espírito Santo, como Maria O Bispo de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira e Silva, revelou no final da Peregrinação Internacional de Fátima que irá fazer chegar a João Paulo II uma mensagem de todos os fiéis que se reuniram no Santuário entre 12 e 13 de Outubro, onde se asseguram as orações por sua intenção e se agradece o papel de “incansável profeta do perdão e obreiro da paz”. As celebrações desta peregrinação foram marcadas pelo facto de o Papa ter convocado este como Ano do Rosário, pedido a todos que rezarem o Terço e deixado a indicação de que a melhor maneira de assinalarmos os 25 anos do seu Pontificado seria esta devoção ao Rosário A presidir às cerimónias presidiu o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, que hoje centrou a sua homilia sobre a “fecundidade de Deus, descrita como “a acção transformadora do Espírito Santo, nos corações e na história”. “Na História da Salvação, Deus fala-nos porque nos ama, porque tem para nós um desígnio de amor. Todo o segredo da salvação está no acolhimento, pelos crentes, de Jesus Cristo, Palavra amorosa de Deus e a fecundidade dessa Palavra far-nos-á nascer de novo, fazendo de nós filhos de Deus”, assegurou. Fazendo referência ao Ano do Rosário que a Igreja ainda celebra, o Cardeal Patriarca destacou que na figura de Maria é preciso aprender a ter “uma visão de esperança sobre a Igreja e sobre o mundo, porque Deus continua a amar aqueles que redimiu e o seu amor é fecundo.” As celebrações deste ano, em Fátima, contaram com uma novidade, a presença da Cruz das Jornadas Mundiais da Juventude. Diante de todos os fiéis presentes, o símbolo foi passado a uma delegação de Viseu, próxima Diocese a receber a Cruz e o ícone mariano, recordando as palavras do Papa quando os confiou aos jovens. A BASÍLICA Na intervenção da noite de ontem, o Cardeal Patriarca de Lisboa sublinhou a importância da Basílica de Fátima. D. José Policarpo assinalou os 50 anos da Basílica dedicada a Nossa Senhora do Rosário e lembrou a importância do que aqui aconteceu há 86 anos e continua ainda hoje a acontecer. “Os templos só têm interesse para quem tem um coração inquieto e não descansa de se encontrar com o seu Deus. Esta Basílica foi construída aqui no sítio onde uma outra presença do Deus Vivo se tinha manifestado com uma força: Maria. Desde esse dia, o Santuário é Ela”, disse. Perante milhares de peregrinos de Portugal e de 22 outros países, o Patriarca de Lisboa quis deixar como última palavra o essencial deste lugar santo: Maria leva-nos a Cristo e é Ele o verdadeiro lugar de todas as peregrinações, a resposta a todas as perguntas e o fundamento de todas as esperanças. O número de peregrinos na peregrinação aniversária internacional de Outubro ao Santuário de Fátima foi inferior ao registado no ano passado. Uma das justificações para uma menor adesão dos peregrinos deve-se ao facto de ser uma segunda-feira e muitos preferiram assistir somente ao início das celebrações, no Domingo, regressando depois a casa.