Pentecostes: Arcebispo de Braga disse que «grande fome do mundo moderno está na ausência de Deus»

D. Jorge Ortiga presidiu à celebração do centenário das Irmãs Missionárias do Espírito Santo

Foto: Diário do Minho

Braga, 24 mai 2021 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga afirmou este domingo que o homem moderno “precisa de Deus”, falando durante a Missa de Pentecostes, na qual assinalou o centenário da Congregação das Irmãs Missionárias do Espírito Santo.

“O homem moderno parece querer viver sem Deus mas precisa de Deus, no fundo do seu coração reside uma grande insatisfação, parece ter tudo mas falta-lhe o essencial. Nós, os cristãos, temos a responsabilidade de fazer com que ele chegue ao coração das pessoas desse mundo”, referiu D. Jorge Ortiga, na igreja paroquial de Fraião.

O arcebispo de Braga sublinhou que as atuais circunstâncias, “em plena pandemia”, recordam a importância da caridade, “para caminhar repetindo a atitude do bom samaritano”.

“Num mundo de muita desigualdade e marcado por muitas pobrezas, precisamos de colocar muito mais ardor e paixão para que todos possam saborear o amor com que Deus ama a humanidade; Precisamos de reconhecer que a grande fome do mundo moderno está na ausência de Deus”, desenvolveu.

A celebração assinalou o centenário da fundação da Congregação das Irmãs Missionárias do Espírito Santo, por Marie Eugénie Caps, a 6 de Janeiro de 1921, em Fascheviller, na França; o instituo religioso celebra ainda os 80 anos da sua chegada a Portugal.

“Não queremos porém ficar somente na memória agradecida, mas acolhemos o desafio do Papa Francisco que nos interpela a olhar para o passado com gratidão, a viver o presente com paixão e a abraçar o futuro com esperança; Estamos aqui para ouvir o essencial do seu carisma”, disse D. Jorge Ortiga.

O arcebispo de Braga lembrou que as religiosas nasceram “num tempo complicado”, depois da I Guerra Mundial, da Europa ter enfrentado uma grande pandemia, mas, “sobretudo numa época de verdadeira perseguição à Igreja, onde se propunha em ideias e atos um humanismo sem Deus”.

“A Congregação das Irmãs Espiritanas nasceu para ser missionária, naquele tempo significou sair das suas casas para ir ao encontro de pessoas que nunca tinham ouvido falar de Deus, hoje, com elas, todos queremos sair do nosso comodismo para semear Deus”, acrescentou, indicado as comunidades paroquiais, as famílias, o trabalho, os “espaços de diversão”, em qualquer lugar é o campo de missão.

Segundo D. Jorge Ortiga, um cristão não pode “viver tranquilo” num mundo de indiferença, “de ódio, de corrupção, de interesses egoístas”, onde os pobres esperam pelo essencial para viver, os idosos e os doentes anseiam por carinho e compreensão.

“Hoje importa, circulando pelas cidades e caminhos das nossas aldeias, que coloquemos Cristo no coração das pessoas, não bastam as igrejas e os espaços dos centros pastorais, o mundo espera por nós”, destacou.

Neste contexto, o arcebispo de Braga convidou, por exemplo, os jovens a interrogarem-se se são chamados “à aventura missionária” de encontro com o mundo inteiro, nas Irmãs Missionárias do Espírito Santo ou em outro instituto missionário.

As Irmãs Missionárias do Espírito Santo atualmente estão ao serviço da Igreja e da sociedade em 16 países de quatro continentes.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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