Pe. Lino Maia reeleito na presidência da CNIS

Instituições de Solidariedade enfrentam crise empenhadas na criação de empregos e na educação O Pe. Lino Maia foi reeleito como presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), para um mandato relativo ao triénio 2009-2011. A eleição aconteceu este Sábado em Fátima, durante o Congresso Nacional desta Confederação. A lista A, encabeçada pelo actual presidente, obteve 369 votos, 63,5% do total. A Lista B, encabeçada pelo Pe. Carlos Gonçalves, obteve 207 votos. Registaram-se ainda 4 votos em branco e 1 nulo. Nas primeiras palavras após o anúncio do resultado, o Pe. Lino Maia sublinhou o clima cordial com que decorreu o acto eleitoral. “Podemos firmar a esperança, podemos confirmar a solidariedade”, assegurou. Falando na necessidade de “mais emprego, mais justiça, mais inclusão”, o presidente reeleito disse que “os tempos são de crise, mas nada que seja superior à nossa determinação”. “A educação é a via, diria única, para o crescimento adequado e harmónico desenvolvimento”, com todos e “nunca contra ninguém”, referiu ainda. O candidato derrotado, Pe. Carlos Gonçalves, manifestou o seu apreço pela “disputa de ideias” e pela capacidade de “lutar por um objectivo”, endereçando os seus parabéns à lista vencedora. “As ideias que a lista A apresentou são as que servem à CNIS”, disse, encerrando assim o clima de disputa eleitoral. Presente no Centro Paulo VI esteve Vieira da Silva, Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, que ouviu as principais conclusões do Congresso. Ao longo de dois dias de trabalho, os principais temas em discussão foram o aumento do desemprego, a pobreza consolidada, o envelhecimento da população, a pressão social sobre as instituições e as ameaças à sustentabilidade financeira do sector solidário, entre outros. O governante saudou os novos dirigentes da CNIS, lembrando ainda os que abandonaram funções neste Congresso. Vieira da Silva sublinhou “a dimensão e a importância social que a CNIS tem nos nossos dias”, agregando um “vastíssimo conjunto de instituições” no trabalho pela solidariedade e a coesão social. Este responsável salientou a “independência” da Confederação, que permite trabalhar em diversas áreas com “autonomia”, num constante “crescimento” e com perspectivas de futuro. “O sector social tem um carácter imprescindível”, destacou o Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, apresentando-se como um “parceiro” da CNIS, com uma relevância cada vez maior, de enorme significado “financeiro, económico e, sobretudo, social”. “Em nome do Governo, manifesto aqui vontade de alargar e reforçar essa parceria”, revelou, destacando o trabalho feito no apoio às famílias “em situação de exclusão social”. Vieira da Silva falou ainda na necessidade de “chegar mais rapidamente e de forma mais persistente” aos que são atingidos pela situação de perda de emprego. A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade – CNIS – é a principal organização representativa das instituições particulares de solidariedade social em Portugal. Representa mais de 2500 IPSS que significam, em conjunto, 70,3% das respostas sociais em Portugal asseguradas pelo designado sector da economia social solidária. Os participantes neste Congresso foram alertados pela possível quebra de receitas, uma das consequências do “tsunami da crise”, apelando à criação de “um fundo de solidariedade social”. A moção com esta proposta foi aprovada pelos delegados, por larga maioria. Emprego O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social anuncuiou no final dos trabalhos que as medidas de criação de emprego no sector solidário serão uma realidade “dentro de muito poucas horas”. Em declarações aos jornalistas após a sessão de encerramento do Congresso, Vieira da Silva afirmouque vai ser dada às “entidades não lucrativas, às organizações não governamentais, onde se incluem as instituições de solidariedade, a oportunidade de poderem ter o apoio do Estado para terem ao seu serviço durante um período de tempo trabalhadores que estejam em situação de desemprego”. “Essa é a principal prioridade”, afirmou, acrescentando que os trabalhadores “terão uma compensação adicional” para desempenharem funções de interesse social. “Não é tanto um fundo para as instituições, é para apoiar os que serão vítimas da crise”, revelou o presidente da CNIS, assegurando que o mesmo será marcado “pela transparência e a celeridade”. Notícias relacionadas • CNIS: «tsunami da crise» domina debate • Presidente critica nova lei do divórcio

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