Paulo VI recordado no Vaticano

Por ocasião do 27º aniversario da morte do Papa Paulo VI ocorrida em Castel Gandolfo a 6 de Agosto de 1978, o arcebispo Angelo Comastri, vigário geral do Papa para a cidade do Vaticano, celebrou neste sábado uma missa de sufrágio na Basílica de S. Pedro. Na homilia, o Arcebispo recordou alguns aspectos salientes da personalidade de Paulo VI, deduzidos de alguns seus escritos, precedentes e sucessivos à eleição pontifícia, ocorrida em 1963. D. Comastri pôs em realce a “urgência da caridade” manifestada pelo Papa Montini numa carta escrita em 1930 a um seu amigo sacerdote, que se tinha recusado colaborar com ele na Federação dos Universitários Católicos Italianos, para depois citar as celebres palavras que o então Cardeal Montini, no início da sua missão como arcebispo de Milão, dirigiu às pessoas que se encontravam longe da Igreja, pedindo-lhes desculpa pelo mau testemunho que muitas vezes lhes é dado pelo clero: “o vosso anticlericalismo esconde um respeito indignado pelas coisas sagradas, que consideram mortificadas em nós. Ora bem, se assim é, irmãos que estais longe, perdoai-nos!” Nestas vibrantes palavras está presente o missionário, o apostolo, o homem que teria escrito a Evangelii nuntiandi. Está já o crente apaixonado que a 29 de Novembro de 1971 em Manila, perante uma multidão imensa, teria gritado assim: “A vós cristãos eu repito o seu nome, a todos o anuncio: Jesus Cristo!”. “O inteiro serviço ministerial do Papa Montini – sublinhou o arcebispo Ângelo Comastri- foi atravessado pelo desejo de anunciar Cristo a todos, como Paulo”. “E com maravilhosa sintonia, assumindo de cada vez tonalidades pessoais e inconfundíveis, o frémito apostólico que Paulo VI herdara de João XXIII passou inalterado para o coração de João Paulo I e explodiu, com ímpeto irresistível no longo e denso pontificado de João Paulo II, para reflorescer nas primeiros palavras do novo pontífice Bento XVI”, declarou.

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