Monumento de referência de Viana do Castelo une rio, oceano, montanhas e fé das populações
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Viana do Castelo, 08 ago 2020 (Ecclesia) – O Santuário do Sagrado Coração de Jesus, no Monte de Santa Luzia (Diocese de Viana do Castelo) é um ponto de referência para visitantes e peregrinos, unindo a exuberância da natureza às manifestações da fé.
O padre Armando Dias, Comissário da Confraria de Santa Luzia, refere à Agência ECCLESIA que neste templo “as pedras falam”, numa sinfonia de “amor” em granito que não é “uma pedra fácil”, mostrando a “beleza do trabalho do homem”.
O sacerdote recorda as pessoas que sobem ao Santuário diocesano, “com as suas tristezas, as suas angústias, com as suas alegrias”
José Rodrigues Lima, historiador, sublinha, por sua vez, a vista sobre o Lima, que entra no Oceano Atlântico, a cidade de Viana e as veigas da areosa
“Tudo isto mostra realmente que é um local maravilhoso, as pessoas deliciam-se com a natureza, com a arte construída, com a paisagem”, indica.
O templo-monumento da Serra de Santa Luzia é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus e tem assinatura do arquiteto Ventura Terra, com inspiração no Sacré Coeur de Montmartre, Paris
José Rodrigues Lima fala numa “autêntica arte barroca, mas em granito”.
“A arte é a epifania do mistério”, acrescenta.
Em 1918, durante a pandemia pneumónica, a cidade do Alto Minho consagrou-se ao Sagrado Coração de Jesus, prometendo subir anualmente em peregrinação ao Monte de Santa Luzia, se mais nenhuma vida fosse tirada.
A peregrinação anual começou em 1920; 100 anos depois, o bispo de Viana do Castelo elevou a santuário diocesano o templo consagrado ao Sagrado Coração de Jesus.
Em junho, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) aprovou as candidaturas a Basílica menor da igreja de São Domingos, onde está sepultado São Bartolomeu dos Mártires, e da igreja do Sagrado Coração de Jesus, na Diocese de Viana do Castelo.
LFS/OC