Porto, 24 mar 2017 (Ecclesia) – A Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) informou hoje que vai começar “brevemente” a intervenção de conservação e restauro do Farol-Capela de São Miguel-o-Anjo, no Porto, numa empreitada orçada em 180 mil euros.
Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a DRCN refere que a conservação e restauro do Farol-Capela de São Miguel-o-Anjo tem como “finalidade última” a abertura ao público e a criação de “um pequeno núcleo expositivo que enquadre historicamente o sítio e o monumento”.
Construído na entrada da barra do Douro, no Porto, o primeiro farol construído de raiz em território nacional é uma peça de arquitetura marítima de “valor singular” no panorama patrimonial.
O Farol-Capela de São Miguel-O-Anjo foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1951, mas encontra-se fechado e em “muito mau estado de conservação”, devido à salinidade do ar, ao desgaste natural de quase 500 anos de vida, às mutilações provocadas pelo encosto dos outros edifícios e por usos espúrios.
A intervenção junta-se à requalificação da Estação Salva-Vidas da Cantareira, dando continuação ao Protocolo de Cooperação entre o Ministério da Defesa Nacional/Marinha Portuguesa e a Direção Regional de Cultura do Norte, celebrado em 2015.
A empreitada orçada em cerca de 180 mil euros vai ser custeada, em partes iguais, pelas entidades envolvidas na gestão do espaço: Direção regional, a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo – APDL e a Associação Comercial do Porto.
A Direção Regional de Cultura do Norte contextualiza que o Farol/Capela foi construído por volta de 1528, por iniciativa e a expensas de D. Miguel da Silva, embaixador do rei junto do Papa, Bispo de Viseu e Abade Comendatário do Mosteiro de Santo Tirso, que detinha desde o século XII a jurisdição do Couto de S. João da Foz.
CB
