Indonésia: Igrejas cristãs fechadas ao culto devido a ameaça radical islâmica

Autoridades temem escalada de violência na Ilha de Java

Lisboa, 24 mar 2017 (Ecclesia) – Três igrejas cristãs na Indonésia foram fechadas ao culto na Ilha de Java, numa medida que as autoridades justificam com a necessidade de proteger as comunidades de possíveis ataques de grupos radicais islâmicos.

De acordo com informações avançadas hoje pela Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS), através da sua página online, a situação em causa está a acontecer no distrito de Bogor, situado na região oeste de Java.

“Esta decisão abrange, para já, a Igreja Metodista da Indonésia, a igreja protestante Huria Batak e a comunidade católica local que vinha utilizando uma casa particular para as aulas de catequese”, adianta a organização humanitária católica.

Há cerca de uma semana, um grupo radical islâmico denominado “grupo 11” promoveu uma série de manifestações em que “exigia que aquelas igrejas, assim como a casa particular utilizada pelos católicos, fechassem portas”.

As autoridades de Bogor tomaram este “ato intimidatório” como um alerta para possíveis atos de “violência”, tanto mais que na Ilha de Java tem-se registado “um número crescente de casos relacionados com intolerância para com minorias religiosas, nomeadamente os cristãos”.

“Só no ano passado”, aponta a AIS – “o Instituto Setara, organização de defesa dos direitos humanos, contabilizou mais de quatro dezenas de incidentes com minorias religiosas nesta região”.

A Indonésia é o maior país muçulmano do mundo, com uma comunidade islâmica composta por cerca de 234 milhões de pessoas (88 por cento da população).

Quanto à comunidade cristã, atualmente não ultrapassa os 9 por cento.

JCP

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