Património: Igreja cria grupo de trabalho para a área da conservação e restauro

Objetivo é fomentar atuação concertada ao nível de formação preventiva, requalificação dos procedimentos e aconselhamento técnico

Lisboa, 19 jul 2011 (Ecclesia) – A Igreja Católica criou um grupo de trabalho para a área da conservação e restauro (GTCR), que visa “apresentar uma dinâmica global de intervenção” nesta área, revelou hoje o Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja (SNBCI).

Este grupo procura ainda “implementar um horizonte de atuação concertada junto das instituições eclesiais e de todos os responsáveis pelo património cultural da Igreja, nomeadamente ao nível da formação preventiva, da requalificação dos procedimentos e do aconselhamento técnico”.

O GTCR vai procurar enfrentar “uma lacuna há muito sentida” e foi criado sob proposta do SNBCI, aprovada em reunião da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais (CECBCCS), organismo do episcopado português no qual o secretariado nacional se insere.

No editorial desta semana da Agência ECCLESIA, hoje publicado, a diretora do SNBCI, Sandra Costa Saldanha, revela que a primeira reunião do GTCR, vai ter lugar a 21 de julho.

“O tema é complexo e a discussão tarda, sem horizontes, há demasiado tempo, um tempo que, efetivamente, o património não tem”, assinala a responsável.

Para esta especialista, “as diversas problemáticas inerentes à prática da Conservação e restauro de bens culturais da Igreja em Portugal reclamam, de longa data, um debate objetivo, atento à idoneidade dos procedimentos, à identificação das intervenções e à renovação dos meios de atuação”.

“Com constrangimentos que ultrapassam as sempre evocadas dificuldades financeiras, muitos dos obstáculos entroncam, sobremaneira, numa autonomia local especialmente nociva, de entendimento paroquial, alheio a uma necessária visão nacional”, alerta Sandra Costa Saldanha.

Composto por representantes de algumas das principais instituições nacionais associadas ao setor, o GTCR inclui, para além da diretora do SNBCI, o bispo D. Carlos Azevedo (CECBCCS), Maria de Fátima Eusébio (Conselho Nacional para os Bens Culturais da Igreja), Gabriela Carvalho (Departamento de Conservação e Restauro do Instituto dos Museus e da Conservação) e Maria Alexandrina Barreiro (Associação Profissional de Conservadores Restauradores de Portugal).

Integram ainda o grupo Augusta Moniz Lima (Departamento de Conservação e Restauro da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa), Carla Felizardo (Centro de Conservação e Restauro da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa) e Carla Maria Calado Rego (Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Tomar).

O grupo assume entre as suas prioridades o “desenvolvimento de um inquérito de diagnóstico à prática da Conservação e Restauro de Bens Culturais da Igreja” e a “elaboração de um manual de procedimentos, para submissão de projetos de Conservação e Restauro e requerimento de pareceres técnicos”.

OC

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