Lisboa, 02 jun 2015 (Ecclesia) – O Governo português classificou o antigo Convento de Santo António da Sertã (fundado em 1635), na Diocese de Portalegre-Castelo Branco, como monumento de interesse público, numa portaria publicada hoje em Diário da República.
“A classificação reflete os critérios relativos ao caráter matricial do bem, ao seu interesse como testemunho simbólico ou religioso, ao seu valor estético, técnico e material intrínseco, à sua conceção arquitetónica, urbanística e paisagística, e à sua extensão e o que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva”, explica a portaria n.º 322/2015.
Fundado por religiosos de Santo António dos Capuchos, da Ordem de São Francisco, em 1635, o convento que foi convertido numa unidade hoteleira em 2013 apresenta um conjunto arquitetónico composto por “igreja de planta longitudinal”, com um vestíbulo comum às igrejas franciscanas, e dependências conventuais anexas em torno de um claustro quadrangular de dois pisos.
“No interior da igreja destacam-se os vestígios de pinturas murais do arco triunfal e da parede fundeira da capela-mor, parcialmente cobertos em intervenções recentes”, revela a Secretaria de Estado da Cultura.
Depois da extinção das Ordens Religiosas em Portugal (1834), o convento de Santo António da Sertã passou para particulares e foi adquirido pela edilidade local, na década de 1920, que instalou o “quartel da Guarda Nacional Republicana, as cadeias civis e uma escola primária”.
Segundo a publicação, o antigo convento franciscano para além da sua “importância” no campo da assistência espiritual “assumiu um papel de relevo” no campo da educação.
O antigo convento agora classificado como “monumento de interesse público” situa-se no Largo da Carvalha, freguesia e concelho da Sertã, Distrito de Castelo Branco e Diocese de Portalegre-Castelo Branco.
CB/OC