O Patriarcado de Lisboa vai assumir a direcção da Casa do Gaiato do Tojal, a pedido dos Padres da Rua. D. José Policarpo escreveu uma carta aos párocos para explicar esta situação, que justifica com “circunstâncias várias, onde sobressai a falta de Padres da Obra da Rua”. “Já era da Igreja toda a Obra da Rua e nela esta Casa. Agora, por vínculos pastorais e proximamente jurídicos, é da inteira responsabilidade do Patriarcado que, consciente da rica tradição pedagógica herdada do Padre Américo, aceita a Casa do Gaiato do Tojal como um serviço à sociedade e a Deus que não quer que ninguém se perca (cf. Jo.3,16)”, escreve o Cardeal-Patriarca. Esta Obra, assinala a missiva, é assumida à luz da inspiração do Padre Américo, “não para ser reproduzida, mas para ser luz inspiradora nas questões e problemas novos ou diferentes que nestes tempos tão diversos dos dele se nos põem”. “É nosso desejo que cada comunidade e cada diocesano sinta esta Casa como sua. Gostávamos que a acção da Igreja ali desenvolvida fosse sinal da caridade de Deus manifestada na Igreja e traduzida em acções concretas de carinho e ajuda empenhada de cada fiel cristão, clérigo ou leigo”, pede D. José Policarpo. Assim, no dia 16 de Maio, foi nomeada uma equipa composta pelo Padre Arsénio Isidoro, Pároco da Ramada e futuro Director da Casa; o Padre Ricardo Raínho, Vigário de Loures, José João Silva e Ana Cristina Gabriel, a quem compete desde já a direcção corrente da Casa e a preparação do futuro. Continuará, transitoriamente, como Director da Casa um Padre da Obra da Rua, o Padre Júlio Pereira, da Casa do Gaiato de Setúbal, até que se elaborem os novos Estatutos e seja criada uma Pessoa Jurídica própria. “A Casa do Gaiato do Tojal e a sua Direcção contam com o meu empenho pessoal e de forma renovada com o carinho, a muito necessária ajuda material e o serviço dos nossos diocesanos e sobretudo com a atenta e eficaz protecção da Mãe de Deus”, assegura o Cardeal-Patriarca.