Patriarca espera visita curta e centrada em Fátima

D. José Policarpo afasta qualquer polémica pelo anúncio da viagem de Bento XVI ter sido feito pela Presidência da República

O Cardeal-Patriarca de Lisboa manifestou esta Quinta-feira a sua satisfação com o anúncio da viagem de Bento XVI ao nosso país, em 2010, assegurando que o Papa “sempre manifestou interesse por visitar Fátima”.

Lembrando que a Conferência Episcopal Portuguesa já endereçara o convite por duas vezes, D. José Policarpo afirmou que a confirmação da vinda do Papa lhe tinha sido transmitida no passado Sábado, sob “segredo”.

Neste contexto, o Patriarca de Lisboa afasta qualquer polémica pelo anúncio da viagem de Bento XVI ter sido feito pela Presidência da República, embora admitisse que “gostava que tivesse sido em simultâneo” com o anúncio dos Bispos, que apenas ocorreu horas mais tarde.

“Nós não fomos apanhados de surpresa”, asseverou.

Ainda assim, D. José Policarpo foi pronto a assegurar que “não há problema nenhum” e nem mesmo o tempo de campanha eleitoral que vivemos serve para questionar o tempo do anúncio. “O Papa é bem-vindo em qualquer altura”, sublinhou, frisando que esta figura está acima de qualquer disputa interna no nosso país.

[[v,d,594,Patriarca de Lisboa comenta vinda de Bento XVI a Portugal]]Com o programa por definir, a viagem pontifícia tem, para já, uma certeza: Bento XVI “estará em Fátima na noite de 12 de Maio” de 2010 e presidirá às cerimónias do dia seguinte, no aniversário das primeiras aparições na Cova da Iria.

O Cardeal-Patriarca admitiu que “desejava muito” um acto público em Lisboa – onde espera que Bento XVI aterre e, depois, venha a partir para Roma – , manifestando a convicção de que, ao contrário do que aconteceu com João Paulo II, os dias que o actual Papa vai passar em Portugal não serão muitos.

“Tudo leva a crer que será uma visita curta”, disse, assegurando que “estamos muito contentes”.

D. José Policarpo sublinhou as boas relações entre a Santa Sé e Portugal, bem como o “amor muito acentuado” do povo português pela figura do Papa. A partir de agora, indicou, começa a “cooperação” entre governo e Igreja para preparar a visita, com uma dupla vertente, “eclesial” e “oficial”, enquanto Chefe de Estado.

O Patriarca de Lisboa afirmou ainda não ter “dúvidas” de que o carinho dos portugueses por Bento XVI será o mesmo que o manifestado a João Paulo II.

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