Iniciativa concorre ao orçamento participativo de Braga
Braga, 25 mar 2023 (Ecclesia) – A paróquia de Priscos e Pastoral Penitenciária de Braga apresentam um projeto «Fronteira» destinado à “reinserção social” de pessoas reclusas e ao “enquadramento social e habitacional” através da criação de uma “cãs de transição”.
“Uma Casa de Transição pode facilitar a passagem da vida institucional para a vida em comunidade num processo o mais «harmonioso» possível – fornecendo um ambiente «mais ou menos supervisionado, mais ou menos estruturado» no qual os residentes possam gradualmente recuperar ou alcançar uma vida com relativa autonomia”, indica o coordenador da Pastoral Penitenciária de Braga, o padre João Torres, num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.
O projeto, orçamentado em 85 mil euros, está em votação no Orçamento participativo do município de Braga com o número OP23/PROJ0012, cujas votações estão a decorrer até ao dia 28 de Abril de 2023.
O responsável reconhece que “mais do que uma resposta puramente residencial”, o projeto quer proporcionar “um ambiente privilegiado para o desenvolvimento ou aquisição de estilos de vida e de competências básicas, pessoais e sociais, promovendo-se uma autonomia progressiva dos seus beneficiários”.
O projeto «Fronteira» prevê que durante seis meses os beneficiários poderiam habitar as moradias, para aquisição de competências, “seriam acompanhados por psicólogos e assistentes sociais”, com vista à sua autonomia “sem depender de subsídios do Estado” e procurando caminhos para impedir o regresso “ao mundo do crime”.
“O trabalho com os beneficiários irá começar dentro dos estabelecimentos prisionais, considerando a importância do trabalho de preparação para a saída”, destinando-se aos estabelecimentos prisionais de Braga, Guimarães, Viana do Castelo e “talvez de Custóias e Paços de Ferreira”.
O projeto prevê que os candidatos devem ser sinalizados pelos técnicos da Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais.
LS