Pastoral Penitenciária: D. Joaquim Mendes convida a superar «invisibilidade» das prisões na sociedade

Assistentes espirituais e religiosos reúnem-se em Fátima para relançar trabalho no desconfinamento

Foto: Lusa

Fátima, 21 jun 2021 (Ecclesia) – D. Joaquim Mendes, vogal da Comissão Episcopal de Pastoral Social e Mobilidade Humana, disse hoje à Agência ECCLESIA que a Igreja Católica é desafiada a trabalhar para superar a “invisibilidade” das prisões, na sociedade.

“Temos de ajudar a superar esta invisibilidade e ajudar as comunidades a integrar os Estabelecimentos Prisionais na pastoral territorial, das paróquias e das vigararias, estabelecer esta proximidade”, referiu o bispo auxiliar de Lisboa, que acompanha a Pastoral Penitenciária no seio da Conferência Episcopal Portuguesa.

O responsável inaugurou os trabalhos do XVI Encontro dos Assistentes Espirituais e Religiosos Católicos nos Estabelecimentos Prisionais de Portugal, que decorre hoje em Fátima.

D. Joaquim Mendes fala em estabelecimentos “invisíveis”, social e geograficamente, que surgem na atenção do público, por norma, para “criticar as suas estruturas e os delitos dos presos”

“Esta invisibilidade foi acentuada com a pandemia”, adverte o responsável católico, face à ausência de visitas das famílias, da assistência espiritual ou do acompanhamento de voluntários.

O vogal da Comissão Episcopal de Pastoral Social e Mobilidade Humana sublinha que a Pastoral Penitenciária não é apenas para os reclusos, mas “para todos aqueles que os acompanham”.

“Temos de criar redes, de caminhar juntos”, formando uma comunidade com os reclusos, que se alarga, insiste, dando como exemplo a criação de grupos de oração, de reflexão e de partilha dentro dos estabelecimentos.

O encontro, organizado pela coordenação da Pastoral Penitenciária de Portugal, visa apresentar a nova equipa da coordenação nacional, bem como relançar, em contexto de desconfinamento, a presença da Igreja Católica no ambiente prisional.

Para D. Joaquim Mendes, estas iniciativas são essenciais para “estreitar a comunhão” e partilhar experiências, que permitam a todos “ir mais longe”.

O encontro contou com uma reflexão de Manuela Raimundo, da Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), sobre “as expectativas da assistência espiritual religiosa no pós-pandemia”.

O padre Fernando Calado, capelão no Estabelecimento Prisional de Bragança, falou sobre “o carisma do assistente espiritual e religioso”.

LFS/OC

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