Presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família, D. Joaquim Mendes, apresenta iniciativa que se realiza em cada ano no primeiro fim de semana de maio (c/vídeo)
Lisboa, 04 mai 2018 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família disse à Agência ECCLESIA que estão a repensar o modelo do encontro ‘Fátima Jovem’, que este ano vai ser “um momento forte” e oportuno de projetar a Jornada Mundial da Juventude 2019.
“É um ponto de encontro dos jovens, um encontro com uma referência fundamental para os jovens que é a pessoa de Nossa Senhora e um encontro de espiritualidade forte”, afirmou D. Joaquim Mendes.
O ‘Fátima Jovem’ é um encontro nacional que congrega jovens de todas as dioceses católicas de Portugal, dinamizado pelo Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, e que se realiza, por norma, no primeiro fim de semana de maio, já este sábado e domingo, dias 5 e 6.
‘Eis a serva do Senhor, faça-se em mim a tua vontade’ é o tema que vai congregar os jovens no Santuário de Fátima.
“É a figura de Nossa Senhora e o seu sim total a Deus que interpela os jovens na abertura e disponibilidade à surpresa de Deus e os seus projetos”, explicou D. Joaquim Mendes.
O programa começa às 15h00 com um momento de testemunho e reflexão com o humorista e radialista/apresentador António Raminhos.
Depois os jovens têm a saudação a Maria, às 17h00, na Capelinhas das Aparições, seguido de um momento de animação com a ‘Banda da Paróquia’; Após os jantar participam na oração do Terço e na procissão sendo que a noite termina com um concerto oração com o padre João Paulo Vaz, da Diocese de Coimbra.
O tema do ‘Fátima Jovem’ 2018 faz a ponte com a próxima Jornada Mundial da Juventude, em janeiro de 2019 no Panamá, e o prelado considera que vai ser uma oportunidade de “projetar” esse encontro mundial de jovens.
“É importante que o tema seja das jornadas porque tem de haver processo de preparação e caminho interior que seja momento forte e mergulho numa experiência juvenil forte com jovens de todo o mundo”, desenvolveu D. Joaquim Mendes.
O presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família revela ainda que o encontro nacional “continua a ser importante”, por isso, estão a repensá-lo e pode surgir uma assembleia de jovens com “um tempo mais denso e mais dedicado inteiramente” à juventude.
A Igreja Católica está a viver um período de preparação para o Sínodo dos Bispos dedicado ao tema «Os jovens, a fé e o discernimento vocacional», que se vi realizar entre 3 e 24 de outubro, em Roma.
Neste âmbito, D. Joaquim Mendes realça que o período de preparação – um questionário mundial e um pré-sínodo com 350 jovens em Roma e 15 mil online- foi um desfio à ação da pastoral juvenil e mobilização dos jovens que “querem” que se estenda a toda a Igreja.
“A nossa preocupação é que não fique só para alguns, que possa chegar a todos, aos diversos agentes de pastoral, às comunidades cristãs”, explica D. Joaquim Mendes, destacando que os “jovens pedem mais espaço nas comunidades cristãs”.
Segundo o prelado, os jovens querem ser “acolhidos, escutados, protagonistas” e ter “participação ativa de corresponsabilidade na Igreja”.
Desta forma, os agentes pastorais têm de passar de fazer coisas para os jovens para realizarem iniciativas “com os jovens, implica-los no processo”.
“É, por ai, que crescem, que amadurecem, que se tornam protagonistas e, por sua vez, transformadores da realidade”, observa, assinalando que hoje muitos jovens chegam à fé e à descoberta de Jesus Cristo “não através dos pais mas dos colegas”.
Segundo o presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família os jovens pedem à Igreja “uma coisa curiosa”, isto é, que seja “casa, comunidade e seja família, três palavras que têm conotação forte”.
HM/CB
