Páscoa: Ressurreição é «um acontecimento que se celebra na transformação do mundo» – Bispo do Porto

Entrevista é transmitida no programa 70×7, deste domingo na RTP2

Porto, 15 abr 2017 (Ecclesia) –  O bispo do Porto disse em entrevista à Agência ECCLESIA que a Páscoa é “um acontecimento que se celebra na transformação do mundo”, comentou o momento político em Portugal e considera que na diocese tem encontrado “muito cireneus”.

“A Páscoa não é apenas um acontecimento que se celebra no íntimo das igrejas, tem de ser um acontecimento que se celebra na transformação no mundo”, afirmou D. António Francisco na entrevista, com emissão no programa 70×7, este domingo (às 13h30, na RTP2)

Para o bispo do Porto, a Páscoa traz o “anúncio feliz da ressurreição”, um tempo onde “não há razão para o medo, não há razão para o terror, não há razão para a violência”.

“Não há mais campo, nem devia haver mais tempo para a injustiça e para a destruição e para a morte”, sublinhou.

D. António Francisco considera que a Igreja Católica tem o desafio de “saber ouvir o apelo de Deus e traduzi-lo na vida e nas obras do seu dia-a-dia”, com coerência entre “as obras, o trabalho, o testemunho da vida de cada um” e a fé proclamada.

“A Páscoa é essa oportunidade”, afirmou.

D. António Francisco está na Diocese do Porto há 3 anos, onde iniciou o ministério no início de abril de 2014, onde que tem “encontrado sinais de Páscoa” e “sobretudo muito cireneus” que o ajudam “a levar a cruz”.

“Na vida concreta da missão dos servidores de Deus e dos servidores da Igreja nunca se podem sonhar tempos sem cruz porque, então, os nossos caminhos não iam desaguar ao tempo da Páscoa”, indicou.

D. António Francisco considera o atual momento político oferece “razões para confiar”, após respostas a “grandes desafios”, mas com outras questões ainda para ultrapassar, como o desemprego e a emigração indesejada, que exigem equilíbrios entre as várias forças políticas

“Sem excluir ninguém e sem ideologizar grupos, quanto mais amplo for o equilíbrio, a união e a conjugação de forças políticas para nos ajudar a governar, no sentido de nos ajudar a servir, melhor é”, afirmou.

A respeito da coligação parlamentar que suporta o governo e de projetos legislativos em curso, o bispo do Porto disse que “à Igreja não pertence substituir-se aos legisladores”, mas “tem de advertir, num trabalho pedagógico, de quem salvaguarda valores de que não abdica, não por teimosia, mas por saber que eles são essenciais para a vida humana e para o futuro do nosso país”.

A entrevista do bispo do Porto, emitida este domingo no programa 70×7, na RTP”, e publicada integralmente este domingo no portal informativo da Agência ECCLESIA, analisa também o atual momento das relações internacionais entre os povos, os atentados na Europa e os conflitos armados em curso.

PR

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