Páscoa: Papa Francisco desafia dioceses a reservarem «24 horas para o Senhor»

Iniciativa da Santa Sé decorre entre quinta e sexta-feira como forma de ajudar a preparar o tempo pascal

Cidade do Vaticano, 22 mar 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco convidou hoje as comunidades católicas do mundo a viverem com intensidade a iniciativa ‘24 horas com o Senhor’, que vai ter lugar entre esta sexta-feira e sábado integrada na preparação da Páscoa.

Esta quarta-feira, durante a habitual audiência pública com os peregrinos, na Praça de São Pedro, o Papa argentino expressou o “desejo” de que este “momento privilegiado de graça” possa ser “vivido” em todas as dioceses e igrejas como um “encontro alegre com a misericórdia do Pai, que a todos acolhe e perdoa”.

O projeto ’24 horas com o Senhor’ é uma proposta mundial criada pela Santa Sé, e coordenada pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, e tem este ano como lema 'Eu quero misericórdia'.

A ideia passa pela promoção nas dioceses de momentos de oração e de confissão, de anúncio do Evangelho e de vigília, que ajudem a viver a Quaresma e sirvam de preparação para a Páscoa.

Perante cerca de 15 mil pessoas, que hoje estiveram presentes na audiência pública semanal no Vaticano, o Papa Francisco recordou que "a Quaresma chama à conversão e à penitência, indica o jejum, a oração e a esmola como via de transformação, e encoraja a um exame de consciência em ordem à admissão da culpa e à confissão dos pecados".

"Como disse São João Paulo II, ela prepara-nos para chamar branco ao branco e negro ao negro, mal ao mal e bem ao bem, a chamar pecado ao pecado e não libertação ou progresso”, salientou.

Na sua catequese, o Papa destacou “o amor fiel de Deus”, que ajuda as pessoas a superarem as suas dificuldades e a colocarem-se também ao serviço dos outros.

“Quem experimenta na própria vida o amor fiel de Deus e a sua consolação é capaz, ou melhor, tem a obrigação de estar próximo dos mais frágeis, assumindo as suas fragilidades”, sustentou.

Francisco frisou ainda a importância de “perceber a ação compassiva de Deus, em todas as circunstâncias, mesmo quando marcadas pela deceção e pelo sofrimento”.

“Deste modo tornamo-nos fortes, a fim de permanecermos próximos dos irmãos mais frágeis”, não numa atitude de “autossatisfação”, mas como “canais” de transmissão dos dons de Deus, como “semeadores” da sua “esperança”, completou.

JCP

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Agência ECCLESIA

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