Páscoa: Bispo de Leiria-Fátima incentivou a acolher «com carinho fraterno», «particularmente aqueles que sofrem»

«Comecemos a criar um mundo novo em nós, e à nossa volta» – D. José Ornelas

Leiria, 18 abr 2022 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima pediu que se acolha “com carinho fraterno” quem mais precisa, “particularmente aqueles que sofrem”, e incentivou a diocese a começar “a criar um mundo novo”, em cada um e à sua volta, na Páscoa.

“Acolhamos com carinho fraterno os refugiados, aqueles que andam à procura de vida. Acolhamos os nossos jovens, que têm tanta dificuldade de encontrar, por vezes, a sua situação na vida, e as nossas crianças, mas, particularmente, aqueles que sofrem”, disse D. José Ornelas, na homilia da vigília pascal, partilhada online.

O bispo de Leiria-Fátima pediu aos diocesanos para não esquecerem “a cruz, o sofrimento, e a dor”, mas que saibam que Deus “é maior do que todas as pedras que impedem a luz do seu amor e da sua vida de chegarem”.

“Comecemos a criar um mundo novo em nós, e à nossa volta”, indicou.

Na celebração da Vigília Pascal, D. José Ornelas afirmou que era o dia de cada um também abrir os seus túmulos, como do “medo, do comodismo, de falta de solidariedade.

“As pedras que colocamos à nossa volta e parecem impossíveis de mover. Levemos essa luz que hoje acendemos às nossas casas, aos doentes, aos que perderam a coragem, aos que têm dificuldade de ver a luz da fé e da esperança”, acrescentou.

Para o responsável católico é preciso anunciar que “Jesus está vivo, a morte deixou de ser a experiência fatal da humanidade”, por que essa é a experiência dos cristãos, “é a alegria” que cada pessoa leva para casa no coração.

“Não é simplesmente um toque mágico que resolveu os problemas todos, mas nós é que vamos mudados e podemos fazer mudar este mundo porque levamos a tal luz, a tal chama que incendiou o mundo até hoje”, assinalou.

D. José Ornelas explicou que se os sonhos de cada um, “se são os sonhos de Deus, são possíveis e podem-se realizar”.

Esta Igreja renascer, e deve renascer cada dia, não porque até agora não tenha sido a Igreja de Deus. É a Igreja de Deus sempre, mas em cada época que muda é preciso que a Igreja encontre nova forma de anunciar que o Senhor está vivo, que está presente neste tempo novo que estamos a viver, e também um tempo dramático e cheio de desafios”.

Na homilia, D. José Ornelas destacou que foram as mulheres que levaram o “anúncio da ressurreição de Jesus aos próprios apóstolos”, e na celebração da vigília foi uma mulher que também “anunciou a ressurreição ao bispo”.

“Há de haver sempre na Igreja a voz da maternidade, uma Igreja que se recria, que recria o mundo novo. E é bom que seja assim, e que essa voz da mãe Igreja anuncie a cada um: ‘tu canta aleluia’”, explicou o bispo de Leiria-Fátima, na Catedral diocesana.

CB/OC

 

 

 

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Agência ECCLESIA

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