Parar, escutar e agir: o Advento na paróquia de Oeiras

Quatro semanas, quatro iniciativas: tempo que antecede o Natal é marcado por actividades espirituais e caritativas

Parar, escutar e agir é o programa de Advento da paróquia de Oeiras, que durante as quatro semanas antes do Natal propõe tempos de oração acompanhados por iniciativas de apoio aos mais carenciados.

A preparação espiritual começou a 30 de Novembro com o “Retiro em etapas”, três noites com continuação a 7 e 14 de Dezembro, durante as quais está prevista uma palestra, seguida de meditação e contemplação.

O pároco de Oeiras, padre Mário Pais, sublinha que a iniciativa constitui uma antecipação do sacramento da Reconciliação, oferecendo a oportunidade para a “renovação de vida” própria do Advento, período que decorre entre a tarde de 27 de Novembro e a manhã da véspera de Natal.

Em entrevista ao programa da Igreja Católica na Antena 1, o sacerdote de 49 anos está convencido de que este retiro, aberto às paróquias vizinhas, “vai ser um tempo muito bonito, que muita gente vai aproveitar para o seu rejuvenescimento pessoal”.

“As condições do nosso tempo vão-nos dando sinais de que a pessoa humana engrandece quando pára e quando repara. Mais do que parar, o que está a acontecer é as pessoas ‘re-pararem’, ou seja, parar duas vezes”, assinala.

A comunidade do Patriarcado de Lisboa não esquece a partilha de bens com os mais desfavorecidos, tendo preparado uma iniciativa denominada “Faz-te presente com um presente”: uma caixa onde durante todo o Advento cada pessoa deposita “aquilo que a sua generosidade lhe dita”.

O programa inclui também encontros com as crianças, sobretudo nos infantários, aproveitando a presença de pais e mães para “fazer o anúncio de Cristo vivo”, refere o padre Mário Pais.

As actividades de Advento compreendem igualmente uma “Venda de Natal”, preparada durante todo o ano pelos idosos e que, aquando da sua realização, congrega “muitos voluntários”.

O pároco de Oeiras considera que o ambiente de festa em torno do Natal resulta de “muitos séculos da vivência cristã”, pelo que defende a integração na Igreja de alguns desses “elementos seculares”.

A terminar, uma constatação e um desabafo: “Há tanta coisa bonita e escondida neste tempo de Advento, que não perpassa pelos meios de comunicação social…”.

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