Paquistão: Cristã Asia Bibi foi libertada da prisão e saiu do país

Paquistanesa tinha sido absolvida pelo Supremo Tribunal de Justiça do Paquistão no dia 31 de outubro.

Lisboa, 08 nov 2018 (Ecclesia) – A cristã paquistanesa Asia Bibi foi libertada da prisão esta quarta-feira e deixou o seu país onde corria risco de vida, uma vez que depois de ter sido ilibada pelo Supremo Tribunal ocorreram vários protestos contra a decisão.

“Ela foi libertada e soube que a levaram para um avião, mas ninguém sabe o destino”, disse o advogado Saif-ul-Malook, à Agência France Press, depois de Asia Bibi ter saído da prisão de Multan, em Punjab.

O marido da católica paquistanesa, Ashiq Masih, pediu asilo para a família a diversos países, como Estados Unidos da América, Inglaterra, Canadá, Itália.

Asia Bibi de 47 anos, mãe de cinco filhos, foi presa em 2009 depois de uma discussão com mulheres muçulmanas, por causa de um copo de água, que a acusaram de blasfémia ao profeta Maomé.

A mulher cristã foi condenada à morte no ano seguinte e após um longo processo foi absolvida pelo Supremo Tribunal de Justiça do Paquistão, na semana passada, dia 31 de outubro.

O Islão é a religião nacional do Paquistão que tem a chamada lei da blasfémia e Asia Bibi foi a primeira mulher a ser condenada à morte.

Em 2011, o governador de Punjab, Salman Taseer, que defendia a libertação de Asia Bibi foi morto a tiro por um dos guarda-costas e o ministro cristão das Minorias, Shahbaz Bhatti, também foi assassinado numa emboscada perto da sua residência, em Islamabad.

A diretora da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre em Portugal, Catarina Bettencourt, destacou o “dia de muita alegria” e que esperavam que fosse “apenas o início porque há muitas outras ‘Asia Bibi’ no Paquistão presas por blasfémia”.

Na semana passada, em declarações à Agência ECCLESIA, o político português, José Ribeiro e Castro, que como deputado colaborou em várias iniciativas a favor da libertação de Asia Bibi, fez votos de que “esta mulher possa finalmente viver em liberdade, com os seus filhos, com o seu marido, e ter uma vida normal”.

JCP/CB

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Agência ECCLESIA

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