Papa recebe Bispos greco-católicos da Ucrânia pela primeira vez em 70 anos

Pela primeira vez em 70 anos, Papa recebeu esta Sexta-feira os Bispos greco-católicos da Ucrânia em visita Ad limina. Bento XVI encorajou-os a promover a formação do clero e a favorecer a colaboração entre as comunidades de diferentes tradições. Um esforço que começa no seio de cada uma das comunidades. O Papa reconheceu o empenho dos bispos “em promover, consolidar e verificar constantemente a unidade e colaboração no interior” das respectivas comunidades, “para poderem enfrentar unidos os desafios” que os interpelam. Bento XVI recomendou aos prelados greco-católicos da Ucrânia que apoiem os sacerdotes seus colaboradores, “encorajando-os a não seguirem as novidades do mundo, oferecendo isso sim à sociedade aquelas respostas que só Cristo pode dar às expectativas de justiça e de paz do coração humano”. Relativamente à colaboração dos bispos ucranianos da “Igreja greco-católica” (de tradição bizantina), maioritária, com o Episcopado latino, “respeitando cada um as próprias tradições”, observou o Papa: “É inegável que tal colaboração dos dois ritos faria crescer uma maior sintonia dos corações entre os que servem a única Igreja”. “Tenho a convicção de que com tal disposição interior mais facilmente se poderá obviar a eventuais malentendidos, na consciência de que ambos os ritos pertencem à única Comunidade Católica, e ambos têm plena e igual cidadania no único Povo ucraniano”, prosseguiu. No que diz respeito ao empenho ecuménico, Bento XVI convida a “reconhecer humildemente que neste campo permanecem obstáculos concretos”. “Em todo o caso, sem desanimar perante as dificuldades, há que prosseguir com a oração e a caridade paciente o caminho empreendido. Por outro lado, na Ucrânia desde há séculos que ortodoxos e católicos procuram tecer um diálogo quotidiano humilde e sereno que abraça tantos aspectos da vida. Os insucessos, que há que admitir que possam existir, não devem diminuir o entusiasmo em perseguir o objectivo querido pelo Senhor ‘Que todos sejam uma só coisa’”, indicou. O que há que promover, acima de tudo, observou o Papa, “é o ecumenismo do amor, que provém directamente do mandamento novo deixado por Jesus aos seus discípulos”. “Acompanhado de gestos coerentes, o amor cria confiança, faz abrir os corações e os olhos. É o diálogo da caridade que por sua natureza promove e ilumina o diálogo da caridade: é de factto na plena verdade que ocorrerá o encontro definitivo a que conduz o Espírito de Cristo”, concluiu. (Com Rádio Vaticano)

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