Papa pede paz para Médio Oriente e África

Bento XVI antecede bênção «Urbi et Orbi» (à cidade e ao mundo) com saudação pascal em 65 línguas

Cidade do Vaticano, 08 abr 2012 (Ecclesia) – Bento XVI apelou hoje no Vaticano à paz no Médio Oriente e em África, tendo lembrado os conflitos na Síria, Iraque, Israel e Palestina, bem como nas regiões da Ruanda, Somália, Sudão, Mali e Nigéria.

Na mensagem pascal o Papa pediu a “Cristo Ressuscitado” para dar esperança ao Médio Oriente, “para que todas as componentes étnicas, culturais e religiosas” da região contribuam “para o bem comum e o respeito dos direitos humanos”.

“Cesse, na Síria, o derramamento de sangue e adote-se, sem demora, o caminho do respeito, do diálogo e da reconciliação”, disse Bento XVI, que pediu “acolhimento” e “solidariedade” para atenuar as “penosas tribulações” da população em fuga.

O Papa fez votos para que “a vitória pascal”, alusão à ressurreição de Cristo após a morte, “encoraje o povo iraquiano a não poupar esforços para avançar no caminho da estabilidade e do progresso” e apelou aos israelitas e palestinos para retomarem “com coragem” o processo de paz.

O texto, proferido diante de milhares de fiéis presentes na Praça de São Pedro e transmitido em direto pela televisão para vários países, incluiu um pedido à “reconciliação” entre as “populações atribuladas do Corno de África” e invocou a “força do perdão” para os habitantes dos países da região dos Grandes Lagos e também para o Sudão e Sudão do Sul.

“Ao Mali, que atravessa um delicado momento político, Cristo Glorioso conceda paz e estabilidade”, e que na Nigéria, recentemente “palco de sangrentos ataques terroristas”, a “alegria” da Páscoa “infunda as energias necessárias para retomar a construção duma sociedade pacífica e respeitadora da liberdade religiosa dos seus cidadãos”, apelou.

A mensagem proferida depois da celebração da missa do Domingo de Páscoa recordou as comunidades cristãs do continente africano, por quem Bento XVI pediu “esperança para enfrentarem as dificuldades”, tornando-se “obreiras de paz e artífices do progresso das sociedades a que pertencem”.

Cristo é “conforto de modo particular para as comunidades cristãs que mais são provadas com discriminações e perseguições por causa da fé”, realçou o Papa, acrescentando que a esperança “não pode deixar de contar com a dureza do mal”, que se manifesta na “morte”, “inveja”, “orgulho”, “mentira” e “violência”.

Para Bento XVI o encontro pessoal com Jesus “muda a vida” porque ele transmite “toda a bondade e a verdade de Deus”, ao mesmo tempo que “liberta do mal, não de modo superficial e passageiro” mas “radicalmente”.

Após a mensagem o Papa concedeu a bênção “Urbi et Orbi” [à cidade (de Roma) e ao mundo], antecedida de uma saudação em 65 línguas, incluindo o português: “Uma Páscoa feliz com Cristo Ressuscitado”, desejou.

RJM

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