Bento XVI pediu hoje “coerência” aos empresários católicos na sua vida e na sua actividade profissional. No final da audiência geral, na Praça de São Pedro, o Papa dirigiu-se a representantes de associações de empresários cristãos italianos, a quem exortou a “um testemunho cristãos coerente nos diversos domínios da vossa vida e do vosso trabalho”. Esta posição surge poucos dias depois de, no Vaticano, Bento XVI ter convidado os empresários e gestores católicos a recusar “todas as formas de exploração”. No passado dia 4 de Março, milhares de pessoas participaram numa audiência a empresários de todo o mundo filiados na UNIAPAC – União Cristã Internacional dos Dirigentes de Empresas, incluindo a portuguesa ACEGE. Nessa altura, o presidente da Associação Cristã de Empresários e Gestores de Empresas entregou ao Papa o “Código de Ética dos Empresários e Gestores”, recentemente assinado por mais de 400 empresários e gestores portugueses. Bento XVI pediu que os empresários reconheçam a importância “da família e das responsabilidades pessoais” dos assalariados, mesmo em momentos de crise económica, criticando a ausência de “inspiração moral” no mundo empresarial.