Papa no Muro das Lamentações

Bento XVI deixa bilhete pedindo a paz para a Terra Santa e toda a humanidade Bento XVI viveu esta manhã um dos pontos altos da sua visita à Terra Santa, ao deslocar-se junto do Muro das Lamentações, à imagem do que acontecera na viagem de João Paulo II, em 2000. O Papa leu um Salmo em Latim, antes de colocar uma nota nas fendas das rochas, como é tradição, e recolher-se em oração, em silêncio. O Rabino do Muro Ocidental, Samuel Rabinovich, também recitou um Salmo, em hebraico. “Envia a tua paz a esta Terra Santa, ao Médio Oriente, a toda a família humana”, referia o bilhete do Papa. Bento XVI escreveu ao “Deus de todos os tempos”. “Na minha visita a Jerusalém, a «Cidade da Paz», morada espiritual para judeus, cristãos e muçulmanos, deponho diante de Ti as alegrias, as esperanças e as aspirações, as angústias, os sofrimentos e as penas do Teu povo inteiro espalhado pelo mundo”, referia o texto. “Deus de Abraão de Isaac e Jacob, escuta o grito dos aflitos, doa amedrontados, dos desesperados, envia a tua paz a esta Terra Santa, ao Médio Oriente, a toda a família humana. Desperta o coração de todos aqueles que invocam o teu nome, para que queiram caminhar humildemente no caminho da justiça e da piedade”, acrescentava o documento. A nota conclui-se com uma citação bíblica: “O Senhor é bom para os que n’Ele confiam, para a alma que O procura” (Lam 3,25). O Muro é o único vestígio do antigo templo de Herodes, erigido por Herodes o Grande no lugar do primitivo Templo de Jerusalém. Foi destruído por Tito no ano de 70. A Praça do Muro das Lamentações é visitada por milhões de judeus, que oferecem orações e bilhetes contendo desejos profundos que são inseridos entre as fendas das pedras. O Papa foi recebido no local pelo ministro israelita do turismo, Stas Meseznikov, que falou de Jerusalém como “centro espiritual de todas as nações da terra e capital eterna de Israel”. “A vossa visita tem um significado histórico para judeus e cristãos de todos os lugares”, indicou o ministro. Antes da visita ao Muro das Lamentações, sítio central para o mundo judaico, o Papa visitara a Cúpula da Rocha, na Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, e realizou uma visita de cortesia ao Grão-Mufti.

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