Papa lembra figura de Santo Agostinho

Na tarde desta Quarta-feira, o Papa assistiu ao filme “Agostinho, o Declínio do Império Romano” (Augustine, The Decline of the Roman Empire), mini-série em duas partes sobre a vida de Santo Agostinho.

Após a projecção, Bento XVI dirigiu algumas palavras ao pequeno grupo de cineastas, produtores e dirigentes que lhe apresentaram a obra, na Sala dos Suíços, em Castel Gandolfo.

Agradecendo a todos, o Papa definiu o filme como “uma viagem espiritual num continente espiritual muito distante de nós, e ao mesmo tempo, muito próximo de nós, pois o drama humano é sempre o mesmo”.

“O filme apresenta a realidade da vida humana, com todos os problemas, tristezas e insucessos num contexto muito diverso do nosso, mas demonstra que, no fim, a verdade é mais forte, e acaba por encontrar o homem”, disse.

S. Agostinho (354-430) foi o grande mestre de vida de Joseph Ratzinger, que lhe dedicou a sua tese de doutoramento. A mini-série, que recria a vida deste Santo, um dos maiores intelectuais da história, foi coproduzida por Lux Vide, Rai Trade e Rai Fiction (Itália), Bayerischer Rundfunk/Tellux Film e Eos Entertainment (Alemanha)  e Grupa Filmova Baltmedia (Polónia).

“No final, resta uma grande esperança – concluiu Bento XVI – nós não podemos encontrar a verdade sozinhos, mas é a Verdade, em pessoa, que nos encontra. Aparentemente, a vida de Santo Agostinho termina de modo trágico. O mundo pelo qual, e no qual, viveu, termina, é destruído; mas como foi dito, a mensagem fica. Mesmo que o mundo mude, esta mensagem permanece, porque vem da verdade e guia a caridade, que é o nosso destino comum”.

Horas antes, na audiência geral, o Papa dirigira-se a um grupo composto por católicos e ortodoxos, a quem desejou que a reflexão comum sobre Santo Agostinho ajude no diálogo ecuménico.

Bento XVI, grande admirador do santo de Hipona, dirigiu-se aos participantes do Simpósio Intercristão promovido pelo Antonianum e pela Universidade Aristóteles, de Tessalónica.

“Que a reflexão comum entre católicos e ortodoxos sobre a figura de Santo Agostinho possa reforçar o caminho para a comunhão plena”, desejou.

(Com Rádio Vaticano)

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