Papa lembra dramas do Quénia e do Iraque

Bento XVI exorta partes em conflito a procurarem o diálogo Bento XVI lançou este Domingo um apelo em favor da reconciliação no Quénia e no Iraque, palcos de sangrentos conflitos que têm custado a vida a milhares de pessoas. Após a recitação do Angelus, na Praça de São Pedro, o Papa pediu a todos que se unissem “a os irmãos e irmãos do Quénia – na oração pela reconciliação, pela justiça e pela paz no país”. “Assegurando a minha proximidade, faço votos de que os esforços de mediação actualmente em curso possam ser bem sucedidos e conduzir, graças à boa vontade e à colaboração de todos, a uma rápida solução do conflito, que já provocou demasiadas vítimas”, referiu. Quantoao Iraque, Bento XVI observou que “a maldade, com a sua carga de sofrimentos, parece não conhecer limites”. “Elevo de novo a minha voz a favor daquela população duramente provada; para ela invoco a paz de Deus”, disse o Papa. Nesta intervenção houve ainda tempo para uma referência, em espanhol, à Colômbia, pedindo que se reze pelos “filhos e filhas deste amado país”, que “sofrem a extorsão, o sequestro e a perda violenta dos seus entes queridos”. “Peço ao Senhor que se ponha definitivamente termo a esse sofrimento desumano e se encontrem caminhos de reconciliação, respeito mútuo e concórdia sincera, restaurando-se assim a fraternidade e a solidariedade, que são as bases sólidas para alcançar o justo progresso e construir uma paz estável”, indicou Bento XVI, em vésperas de receber a mãe de Ingrid Betancourt, uma das mais conhecidas reféns das FARC. Pedidos de Quaresma O encontro dominical com os peregrinos viria a ficar, de facto, marcado pelas várias as “intenções de oração” propostas pelo Papa. Bento XVI voltou a pedir pelas pessoas consagradas, recordadas Sábado, festa litúrgica da Apresentação do Senhor. “Convido-vos a rezar por aqueles que Cristo chama a segui-lo mais de perto com uma consagração especial. A estes nossos irmãos e irmãs que se dedicam ao total serviço de Deus e da Igreja, com os votos de pobreza, castidade e obediência – a nossa gratidão. Que a Virgem Maria obtenha muitas e santas vocações à vida consagradas, que constitui uma inestimável riqueza para a Igreja e para o mundo”, afirmou. Recordando que a Quaresma tem início já nesta semana, na “Quarta-feira de Cinzas”, Bento XVI fez votos de que “seja um tempo de autêntica conversão para todos os cristãos, chamados a um testemunho cada vez mais autêntico e corajoso da própria fé”. Confiando a Nossa Senhora estas intenções de oração o Papa recordou que ao longo desta semana, e até ao próximo dia 11, memória de Nossa Senhora de Lourdes e aniversário dos 150 anos das Aparições, é possível receber a indulgência plenária, aplicável aos defuntos, com as condições habituais – Confissão, Comunhão e oração segundo as intenções do Papa. Em defesa da vida Outra “intenção” recordada pelo Papa foi a “Jornada a favor da vida”, celebrada neste Domingo em Itália, desta vez com o lema “Servir a vida”: “Que cada um, segundo as suas possibilidades, profissões e competências, se sinta sempre impulsionado a amar e servir a vida, do seu início ao seu termo natural. É responsabilidade de todos acolher a vida humana como dom a respeitar, tutelar e promover, por maioria de razão quando a vida é frágil e carece de atenções e cuidados, tanto antes do nascimento como na sua fase terminal”. Uma última referência foi feita à família e à sua função educativa. A propósito do ano novo lunar, importante celebração em diversos países asiáticos, o Papa apresentou as suas boas festas, com votos de prosperidade e de que “se conservem e valorizem estas belas e frutuosas tradições de vida familiar”. Recordada também a celebração, nestes dias, em Roma, da “Semana diocesana da vida e da família”, culminando no próximo Domingo no santuário mariano de Nossa Senhora do Amor Divino: “Encorajo todos os pais a redescobrirem a grandeza e beleza da missão educativa. Sim, educar é muito exigente mas entusiasmante! Fazei experimentar aos vossos filhos, desde a mais tenra idade, aquela proximidade que testemunha o amor, dai-a vós próprios, para que também eles se abram aos outros e ao mundo com serenidade e generosidade”. Não faltou uma saudação em português do Papa: “Saúdo cordialmente os fiéis diocesanos do Porto, das paróquias do Ameal e de Espinho, e demais peregrinos de língua portuguesa. Agradecido pela presença orante, desejo que esta romagem confirme a vossa adesão a Cristo. Confiai no seu poder, deixai agir a sua graça! Por modelo e protecção, tomai a Virgem Mãe”. (Com Rádio Vaticano)

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