Papa lembra doentes terminais

Bento XVI falou ainda dos quatro missionários assassinados em África, nos últimos dias

Bento XVI visitou este Domingo um hospital psiquiátrico em Roma, onde destacou a necessidade dos pacientes terem acesso aos cuidados paliativos, condenando a marginalização a que são votadas estas pessoas.

Lembrando os “irmãos e irmãs incuráveis, muitas vezes em fase terminal”, o Papa mostrou-se contra a “mentalidade eficientista que tende a marginalizar estas pessoas, tomando-as como um peso e um problema para a sociedade”.

“Quem tem um sentido de dignidade humana sabe, pelo contrário, que elas devem ser respeitadas e apoiadas enquanto enfrentam as dificuldades e os sofrimentos ligados às suas condições de saúde”, apontou.

Nesse contexto, Bento XVI pediu que sejam disponibilizados “cuidados paliativos” para ajudar as “pessoas doentes a viver com dignidade” a sua doença.

Ao lado destes cuidados médicos, o Papa apelou a “gestos concretos de amor, proximidade e solidariedade cristã para ir ao encontro” destes doentes, que precisam de “compreensão, conforto e encorajamento constante”.

Mais tarde, já na Praça de São Pedro, para a recitação do Angelus, Bento XVI recordou quatro missionários mortos nos últimos dias em várias zonas de África (África do Sul, Quénia e República Democrática do Congo), invocando “paz e reconciliação” para o continente.

“Esta semana chegaram notícias tristes de alguns países de África acerca da morte de quatro missionários. Trata-se dos padres Daniel Cizimya, Luís Blondel e Gerry Roche e da Irmã Denise Kahambu. Foram testemunhas fiéis do Evangelho que souberam anunciar com coragem também com o risco da própria vida”, apontou o Papa.

Bento XVI manifestou a sua proximidade às famílias e comunidades que vivem esta dor, convidando todos a unirem-se à sua oração para que “o Senhor os acolha na sua Casa, console todos aqueles que choram a sua perda e traga com a sua vinda reconciliação e paz”.

O Pe. Daniel Cizimya Nakamaga e a Irmã Denise Kahambu foram as mais recentes vítimas mortais de uma perseguição à Igreja que se está a desenrolar na zona de Bukavu, República Democrática do Congo. Já a morte do padre francês Luis Blondel ficou a dever-se, ao que tudo indica, a um assalto violento à sua casa em Diepsloot, na África do Sul.

A vítima mais recente foi Gerry Roche, missionário católico irlandês morto esta Sexta-feira no Quénia. O pároco de 68 anos estava no país há mais de quatro décadas e foi apunhalado em casa por assaltantes, na cidade de Kericho, a cerca de 200 quilómetros de Nairobi.

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