A situação das populações na região subsaariana do Sahel está a preocupar o Papa, que hoje renovou o seu apelo em favor das mesmas numa mensagem divulgada pela Santa Sé. “A situação na região continua a ser preocupante, pelo que o Papa renova o seu apelo, encorajado todos os esforços levados a cabo para superar os numerosos problemas e necessidades que ainda subsistem, no que diz respeito aos recursos disponíveis (sobretudo a água potável, ndr), que são insuficientes”, refere uma mensagem enviada pelo Cardeal Angelo Sodano ao presidente do Conselho de Administração da “Fundação João Paulo II para o Sahel”, arcebispo Seraphin Rouamba. João Paulo II, ao constatar na sua primeira visita ao Burkina Fasso, em 1980, o drama da desertificação, decidiu criar uma Fundação que servisse para que as populações subdesenvolvidas do Sahel pudessem sonhar com um futuro melhor. Quatro anos depois, a 22 de Fevereiro de 1984, tornava realidade o seu sonho criando a “Fundação João Paulo II para o Sahel”, que tem por objectivo formar animadores, agentes civis, sanitários, hidráulicos e florestais, mecânicos, agricultores e pastores. Os países que recebem ajuda da Fundação são o Burkina Fasso, Nigéria, Mali, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Mauritânia, Senegal, Gâmbia e Chade. Na carta hoje divulgada, o Papa exprime o seu agradecimento a todos os que responderam à sua iniciativa “com generosidade e solicitude”, trabalhando em favor das numerosas pessoas que se encontram em situação “verdadeiramente precária”. João Paulo II deixa votos de que este esforço “continue com um dinamismo crescente e renovado no apoio às comunidades do Sahel, de forma a permitir-lhes que sejam cada vez mais responsáveis pelo seu próprio desenvolvimento harmonioso e integral”.