Papa: Francisco rezou pelas pessoas que enterram os mortos, em ações de misericórdia e risco de vida (c/video)

Celebração na capela da Casa de Santa Marta advertiu para o «mundaismo», «proposta de vida» assente no «efémero»

Cidade do Vaticano, 16 mai 2020 (Ecclesia) – O Papa Francisco rezou esta manhã pelas pessoas que têm a tarefa de enterrar as vítimas da pandemia do Covid-19, sublinhando a “obra de misericórdia” que executam e o risco que correm.

“Rezemos hoje pelas pessoas que têm a tarefa de sepultar os mortos nesta pandemia. É uma das obras de misericórdia sepultar os mortos, e não é uma coisa agradável, naturalmente. Rezemos por elas que arriscam também a vida e ser contagiadas”, afirmou no início da celebração da missa, esta manhã, na Casa de Santa Marta.

Durante a homilia o Papa esclareceu que o “mundanismo é uma proposta de vida”, “uma cultura do efémero, uma cultura do aparecer, da maquilhagem, uma cultura ‘do hoje sim, amanhã não, amanhã sim e hoje não’. Há valores superficiais. Uma cultura que não sabe o que é fidelidade, porque muda segundo a circunstâncias, negocia tudo. Essa é a cultura mundana, a cultura dos mundanismos”.

“Jesus rezou ao pai não para tirar os discípulos do mundo mas para os defender do espírito do mundo”, lembrou.

O Papa lamentou ser esta a forma de viver de muitos “que se dizem cristãos”: “É uma cultura sem fidelidade” e é “um modo de viver também de muitos que se dizem cristãos. São cristãos, mas são mundanos”.

O “mundaismo espiritual”, numa expressão recordada por Francisco do padre Henri de Lubac, “é o pior dos males que pode acontecer à Igreja”, sublinhou.

Francisco advertiu ainda para a capacidade “camaleónica” do mundaismo: “muda, segundo as circunstâncias”, numa proposta de vida que “entra, inclusivamente, na Igreja”.

O Papa rezou para que os cristãos saibam “discernir”sobre o que é o mundaismo, sem se “deixar enganar” e apontou a cruz como “o único remédio contra o espírito do mundanismo”, encarando o “Cristo morto e ressuscitado”.

Recordando as palavras do apóstolo João, o Papa afirmou que a “vitória contra o mundo é a fé” e que, com base nela, o diálogo com o mundo deve acontecer, assente na “vitória da cruz”.

LS

 

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Agência ECCLESIA

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