Bento XVI estimulou hoje o trabalho dos Bispos do Paquistão nas áreas sociais, frisando que “o amor de Cristo não é mera abstracção”, mas engloba em si as pessoas concretas. “Jesus não pode ser amado em abstracto”. Recebendo no Vaticano os membros da Conferência Episcopal do Paquistão, na conclusão da respectiva visita “ad limina Apostolorum”, o Papa referiu-se especificamente às instituições católicas pensadas em vista do bem comum do povo paquistanês. “Estas instituições demonstram que o amor de Cristo não é mera abstracção, mas atinge cada homem e mulher, na medida em que passa através pessoas reais que trabalham nas instituições caritativas da Igreja”, disse. “O Evangelho ensina-nos que Jesus não pode ser amado em abstracto. Aqueles que prestam o seu serviço em hospitais ou escolas católicas, ou em organismos sociais ou caritativos, correspondem às necessidades dos outros, conhecendo bem que estão a servir o próprio Senhor através de concretos actos de caridade”, prosseguiu. No seu discurso aos Bispos do Paquistão, Bento XVI deteve-se especialmente a sublinhar a “espiritualidade eucarística” que “diz respeito a cada um dos aspectos da vida cristã” e deve caracterizar a existência de todos os fiéis, mas muito particularmente dos padres e dos Bispos: “A centralidade da Eucaristia, tanto através da inestimável celebração da Ceia do Senhor, como na adoração silenciosa do Sacramento, deve transparecer de modo claro na vida dos padres e dos Bispos”, indicou. (Com Rádio Vaticano)