A importância pastoral e evangelizadora dos arquivos eclesiásticos

Através dos arquivos, a Igreja conserva a sua memória. D. Carlos Azevedo, Vogal da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais realçou no I Conselho Nacional dos Bens Culturais da Igreja que os “arquivos são instrumentos pastorais” e “dão um sentido à história”. No painel «Arquivos da Igreja: uma prioridade pastoral», D. Manuel Iñiguez Ruiz de Clavijo, Director do Secretariado da Comissão Episcopal do Património Cultural da Conferência Episcopal Espanhola, completou: “os arquivos são memória e profecia” Durante dois dias, delegados das dioceses portugueses estiveram reunidos (18 e 19 de Junho) em Lisboa para aprofundar questões sobre os Bens Culturais da Igreja. Os delegados sentiram a necessidade de dar passos porque, referiu D. Carlos Azevedo, “o património tem destino universal” e, para tal, “o material documentário exige espaços adequados”. E adianta: “Muitas vezes, os arquivos são deixados para trás porque, muitos pensam que estes não são pastoral”. Para além da função histórica e pastoral, D. Manuel Iñiguez Ruiz de Clavijo afirma que um arquivo “não são papéis velhos”. O acervo documental também tem uma “função evangelizadora”. Em Espanha, os bispos decretaram que cada diocese deve reunir todos os arquivos paroquiais “num único arquivo diocesano” porque a migração rural levou à desertificação das aldeias. Com trabalho de décadas, o país vizinho tem uma associação de arquivistas católicos e o último arquivo diocesano a ser inaugurado foi o de Badajoz, com meios de segurança anti-incêndio e salas de investigação. Os delegados das dioceses portugueses elegeram a Comissão Permanente do Conselho Nacional para os Bens Culturais da Igreja. Esta passa a ser constituída pelo Pe. António Boto de Oliveira, da diocese de Lisboa; Fátima Eusébio, da diocese de Viseu e o Pe. Manuel Amorim, da diocese do Porto. Como porta-voz da referida comissão foi escolhido Mariano Cabaço, da União das Misericórdias. Notícias relacionadas • Padres pouco sensibilizados para os bens culturais • Património da Igreja não se compadece com amadorismos

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