Papa escreve ao Bispo polaco que se demitiu

Carta a D. Stanislaw Wielgus manifesta «compreensão fraterna» e «proximidade espiritual» de Bento XVI Bento XVI escreveu ao Arcebispo emérito de Varsóvia, D. Stanislaw Wielgus, no passado dia 12 de Fevereiro, para lhe manifestar a sua “proximidade espiritual e compreensão fraterna”. O Arcebispo apresentou a renúncia ao cargo no passado dia 8 de Janeiro, na sequência de acusações de colaboracionismo com o antigo regime comunista polaco. A missiva do Papa, divulgada esta manhã pelo serviço de informação do Vaticano, sublinha que a situação que se tinha criado em volta de D. Wielgus “não lhe permitia iniciar o serviço episcopal com a autoridade indispensável”, pelo que a renúncia foi a decisão mais correcta. Nesta decisão, diz Bento XVI, “vi claramente uma profunda sensibilidade pelo bem da Igreja em Varsóvia e na Polónia”. O Papa aponta ainda a “humildade” e desapego ao poder manifestados pelo Arcebispo Wielgus, deixando votos de que ele possa “retomar de novo a sua actividade ao serviço de Cristo, da maneira que for possível”. A Igreja Católica na Polónia decidiu dedicar esta Quarta-Feira de Cinzas a uma Jornada particular de oração e penitência de todo o clero, pedindo “o perdão na Igreja polaco de hoje e pela concórdia futura”, após a turbulência provocada por sucessivas acusações de colaboracionismo com os serviços secretos comunistas. No que diz respeito ao passado, Bento XVI declara-se “perfeitamente consciente das circunstâncias excepcionais” em que os eclesiásticos polacos tiveram que desempenhar as suas funções, “quando o regime comunista na Polónia usava todos os meios para sufocar as liberdades dos cidadãos e, de modo especial, do clero”.

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