Papa envia mensagem ao Médio Oriente

Bento XVI lembrou ainda negociações de paz na Colômbia

Castel Gandolfo, Itália, 09 set 2012 (Ecclesia) – Bento XVI lançou hoje um apelo à paz no Médio Oriente, manifestando a sua preocupação perante as situações “muitas vezes dramáticas” vividas pelas populações, a poucos dias de iniciar uma viagem ao Líbano.

O Papa falava após a recitação da oração do Angelus, na residência pontifícia de Castel Gandolfo, arredores de Roma, na qual se dirigiu a uma “região martirizada há demasiado tempo por conflitos incessantes”.

A 24ª visita de Bento XVI ao estrangeiro vai iniciar-se na sexta-feira e tem como destino o Líbano, durante três dias, e foi apresentada pelo Papa como uma viagem “sob o signo da paz”.

“Compreendo a angústia de tantas pessoas do Médio Oriente mergulhadas diariamente em sofrimentos de toda a ordem que afetam tristemente e, por vezes mortalmente, a sua vida pessoal e familiar”, referiu.

Bento XVI deixou uma palavra particular aos que têm de partir para a “precariedade do exílio”, em busca de uma vida de paz.

“Mesmo que pareça difícil encontrar soluções para os diferentes problemas que afetam a região, não nos podemos resignar à violência e à exasperação das tensões”, observou, num momento em que a situação no Médio Oriente é marcada pelo conflito na Síria.

Para o Papa, o compromisso em favor do diálogo e da reconciliação deve ser “prioritário”, com o apoio da “comunidade internacional”, para que se chegue a uma “paz estável e duradoura para toda a região”.

Bento XVI antecipou ainda o momento de assinatura, no Líbano, da exortação apostólica pós-sinodal que resultou do Sínodo de Bispos para o Médio Oriente realizado no Vaticano, em outubro de 2012.

“Terei a feliz ocasião de encontrar-me com o povo libanês e as suas autoridades, bem como com os cristãos deste querido país e dos que vierem dos países vizinhos”, prosseguiu, numa intervenção em francês que a Santa Sé disponibilizou numa tradução em árabe.

Após uma salva de palmas dos presentes, o Papa aludiu, por outro lado, ao anúncio de um “importante diálogo” entre o governo colombiano e as FARC (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia), com a participação de delegados dos executivos da Venezuela e do Chile, “para tentar pôr fim ao conflito que, há décadas” atinge o país.

“Espero que aqueles que tomem parte na iniciativa se deixem guiar pela vontade do perdão e reconciliação, na sincera busca do bem comum”, afirmou.

A habitual catequese que antecedeu a oração do Angelus centrou-se no “encerramento interior” das pessoas que, segundo Bento XVI, “Jesus veio ‘abrir’, libertar” para que o ser humano seja capaz de “viver plenamente a relação com Deus e com os outros”.

OC

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