Papa defende liberdade religiosa para todos

Bento XVI encontrou-se esta Quinta-feira com cerca de 200 representantes de várias religiões, uma reunião que teve lugar no Centro Cultural Papa João Paulo II de Washington, nos EUA. O Papa constatou que, no mundo actual, não bastam as leis para garantir que as minorias não sejam discriminadas, considerando que os EUA são um bom exemplo para o resto do mundo. A Bento XVI foi oferecida uma menorah de prata, símbolo da validade da aliança de paz de Deus. “Hoje, nas salas de aula de todo o país, jovens cristãos, judeus, muçulmanos, hindus, budistas e crianças de todas as religiões sentam-se lado a lado, aprendendo uns com os outros e uns dos outros. Esta diversidade faz nascer novos desafios, que provocam uma profunda reflexão sobre os princípios fundamentais de uma sociedade democrática”, referiu. “Que outros tenham a coragem a partir da vossa experiência, dando-se conta que uma sociedade unida pode surgir de uma pluralidade de povos na condição de que todos conheçam a liberdade religiosa como um direito civil fundamental”, declarou. A presença das várias religiões, disse o Papa, ajuda a servir a sociedade e a enriquecer a vida pública, através do testemunho dos valores morais. Bento XVI manifestou a sua satisfação perante “o crescente interesse dos governos em patrocinar programas destinados a promover o diálogo inter-religioso e intercultural”. Este diálogo, contudo, deve ser destinado “a mais do que um consenso sobre as maneiras de implementer estratégias práticas para fazer avançar a paz”. “O propósito mais amplo do diálogo é a descoberta da verdade”, apontou, pedindo aos líderes religiosos a capacidade de “discutir as nossas diferenças com calma e clareza”. No final do encontro, o Papa reuniu-se em privado com os representantes da comunidade hebraica, para uma saudação por ocasião da Páscoa dos judeus.

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