A sexta missa dos “Novemdiales” em sufrágio de João Paulo II, no Vaticano, recordou ontem o Papa da Eucaristia. O Arcebispo Leonardo Sandri, substituto da Secretária de Estado, recordou o profundo amor que o Papa polaco tinha pela Eucaristia, ao ponto de, sempre antes de tomar decisões importantes, ir para a sua Capela privada e levar consigo os dossiês para os examinar diante do Santíssimo. “Cada decisão que o Papa tomava era, para ele, o resultado da vontade de Deus”, explicou o Arcebispo Sandri na homilia. “Que o seu exemplo produza grandes frutos e que João Paulo II continue agora no Céu, a zelar por todos nós””, acrescentou perante uma Basílica de São Pedro cheia de fiéis. O Arcebispo argentino Leonardo Sandri foi a “voz” do Papa nos seus últimos tempos, lendo os seus discursos quando João Paulo II perdeu a voz. “Como não ver na morte do Papa, em pleno ano da Eucaristia, uma chamada de atenção para o sacrifício de Cristo”, perguntou o prelado, testemunhando que, nos últimos meses da sua vida, João Paulo II uniu a sua pessoa, a sua dor e o seu sofrimento à Paixão de Cristo, pela Igreja e pelo Mundo. “O exemplo que o Papa defunto deixa a cada um de nós (…) é um exemplo de simplicidade e de humildade, de serviço fiel e desinteressado na vinha do Senhor, de constante simplicidade e de dócil adesão à vontade de Deus”, concluiu. A sétima missa de exéquias em sufrágio de João Paulo II terá lugar esta tarde: uma cerimónia em rito oriental será presidida pelo Patriarca de Antioquia dos Maronitas, Sua Beatitude Pierre Sfeir Nasrallah.