Bento XVI pediu ontem aos políticos um esforço contra a “difusão e reforço das ideologias que obscurecem a verdade e o bem nas consciências”, de forma a não Deus do horizonte do ser humano e da história. O Papa falava a centenas de participantes no encontro promovido pela Internacional Democrática de Centro e Democrata Cristã (IDC). No seu discurso, destacou a necessidade de “dar capacidade ao desejo comum de todas as tradições autenticamente religiosas de mostrar publicamente a sua identidade, sem serem obrigados a escondê-la”. Bento XVI reflectiu sobre os “valores e ideais que a tradição cristã forjou” ou questões como “a centralidade da pessoa e o respeito dos direitos humanos, o compromisso pela paz e a promoção da justiça para todos”. Esses “princípios fundamentais” –prosseguiu– “estão ligados entre si, como demonstra a história”, porque “quando se violam os direitos humanos fere-se a dignidade da pessoa; se a justiça vacilar, a paz periga”. O Papa exortou aos políticos a serviem” o bem comum” e a esforçarem-se para que “não se difundam nem reforcem as ideologias que obscureçam ou confundam as consciências oferecendo uma visão ilusória da verdade e o bem”, como “no campo económico, onde existe uma tendência que identifica o bem com o lucro”. Bento XVI criticou os que legitimam “a eliminação da vida humana na sua fase pré-natal ou terminal”. Também é preocupante, acrescentou, “a crise da família, célula fundamental da sociedade fundada no matrimónio indissolúvel de um homem e uma mulher”. Redacção/ACI