Papa convida a tirar lições da crise financeira

Economia sem ética preocupa Bento XVI

Bento XVI defendeu esta Sexta-feira que a crise financeira internacional mostrou a “fragilidade” do actual sistema económico e das instituições a ele ligadas.

O Papa insistiu na necessidade de “regras éticas”, que promovam um “desenvolvimento integral da pessoa e não só o lucro”.

O discurso papal foi pronunciado perante os participantes na reunião plenária da Academia Pontifícia das Ciências, reunidos no Vaticano até ao próximo dia 4 de Maio para discutir sobre o tema “A crise numa economia global”.

Bento XVI afirmou a derrocada do sistema financeiro mostrou “o erro do pressuposto com base no qual o mercado é capaz de se regular, para lá da intervenção pública e do contributo de normas éticas internas”.

Segundo o Papa, “a vida económica deve ser vista correctamente como um exercício de responsabilidade humana, intrinsecamente orientada para a promoção da dignidade da pessoa, a prossecução do bem comum e o desenvolvimento integral”.

Nesse sentido, disse ser necessário repensar “os objectivos que guiam e orientam a vida económica”.

O Papa apelou ao “respeito pela dignidade da pessoa humana em todos os sectores da produção e do comércio e nas instituições politicas e sociais, com uma responsabilidade comum em relação às novas gerações”.

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