Igreja local fala num cenário dramático e pede ajuda à comunidade internacional
Bento XVI enviou uma mensagem de solidariedade aos cristãos no Iraque, lamentando os assassinatos que tiveram lugar em Mossul, Norte do país. Os últimos homicídios referem-se ao dia 2e, com a morte de três membros de uma família católica, Aishwa Marosi, de 59 anos, e dois dos seus filhos.
Apesar de se encontrar a realizar o tradicional retiro de Quaresma, o Papa fez questão de manifestar a sua “profunda dor” perante estes acontecimentos, colocando-se ao lado de “quantos sofrem as consequências da violência”.
O jornal do Vaticano, “L’Osservatore Romano”, publica a este respeito uma missiva de Bento XVI dirigida ao primeiro-ministro Nouri Kamil Mohammed al-Maliki, que foi enviada através do Secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone, no início de Janeiro, alertando para a questão da violências contra as minorias, em particular contra os cristãos.
Segundo o Arcebispo caldeu de Mossul, D. Emil Shimoun Nona, a cidade vive uma verdadeira “emergência” com o êxodo de centenas de famílias de cristãos apenas nesta Quarta-feira.
Estas pessoas partem em busca de abrigo, deixando para trás as suas casas, propriedades e actividades comerciais. Uma situação que o Arcebispo qualifica de “dramática”.
Entretanto, D. Louis Sako, Arcebispo de Kirkuk, anunciou que irá promover uma manifestação e um jejum para sensibilizar a comunidade internacional para o “massacre dos cristãos iraquianos” e travar a violência no país.