Papa condena «vil» atentado no Egipto

Bento XVI lembra ainda cristãos no Iraque e todos os que são vítimas da violência

Cidade do Vaticano, 02 Jan (Ecclesia) – Bento XVI condenou hoje o “vil” atentado que matou 21 cristãos no primeiro dia do novo ano, à saída de uma igreja no Egipto.

“Ontem de manhã (1 de Janeiro, ndr), soube com pesar da notícia do grave atentado contra a comunidade cristã copta que teve em lugar em Alexandria, do Egipto. Este vil gesto de morte, como o de colocar bombas junto das casas dos cristãos no Iraque para os obrigar a sair, ofende Deus e a humanidade inteira”, disse.

O Papa falava depois da recitação do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano, diante de milhares de peregrinos.

O atentado cometido no último Sábado, em Alexandria do Egipto, cerca de 200 quilómetros a norte do Cairo, aconteceu à saída de uma igreja copta, provocando a morte de 21 fiéis e ferindo dezenas de pessoas.

Bento XVI falou de uma “estratégia de violência que toma como alvo os cristãos, e tem consequências sobre toda a população”.

“Rezo pelas vítimas e seus familiares e encorajo as comunidades eclesiais a perseverarem na fé e no testemunho de não violência que nos vem do Evangelho”, prosseguiu.

Neste contexto, Bento XVI recordou também os “numerosos agentes pastorais assassinados em 2010 em várias partes do mundo”, os quais, segundo a agência Fides, do Vaticano, foram 23, entre bispos, padres, religiosos e leigos.

“A eles vai igualmente a nossa afectuosa recordação diante do Senhor. Permaneçamos unidos em Cristo, nossa esperança e nossa paz”, pediu o Papa.

Bento XVI falou também, via satélite, às pessoas reunidas em Madrid, para uma manifestação intitulada “A família cristã, esperança para a Europa”, para celebrar o valor do matrimónio e da família.

“Queridos irmãos, convido-vos a serdes fortes no amor e a contemplar com humildade o mistério do Natal, que continua a falar ao coração e se converte em escola de vida familiar e fraterna”, indicou.

O Papa considerou que as famílias devem ser “autênticos santuários de fidelidade, respeito e compreensão, onde se transmite também a fé, se fortalece a esperança e se revigora a caridade”.

“Encorajo todos a viver com renovado entusiasmo a vocação cristã no seio do lar, como genuínos servidores do amor que acolhe, acompanha e defende a vida”, concluiu.

A iniciativa, que decorreu pelo segundo ano consecutivo, foi convocada pela diocese de Madrid e juntou milhares de participantes nos arredores da «Plaza de Colón».

OC

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