Papa condena atentados na Irlanda do Norte

Regresso da violência provocou três mortes nos últimos dias e ameaça processo de paz que tinha registado avanços significativos Bento XVI manifestou a sua “profunda dor” perante o regresso dos atentados à Irlanda do Norte, que vitimaram dois soldados e um agente da polícia, no Sábado e na Segunda-feira. No final da audiência geral desta semana, que decorreu no Vaticano, o Papa condenou os “execráveis actos de terrorismo que, para além de profanar a vida humana, colocam em sério perigo o processo político em curso na Irlanda do Norte”. Um grupo republicano dissidente do IRA, o IRA-Continuidade, reivindicou o assassínio de um polícia, Segunda-feira em Belfast, o primeiro incidente do género em dez anos. O atentado foi cometido apenas dois dias depois de um ataque contra o quartel do exército britânico, em Massereene, noroeste de Belfast, que causou a morte de dois soldados. O conflito na Irlanda do Norte, que fez mais de 3500 mortos em 30 anos, tinha praticamente cessado após a assinatura de acordos de paz de Sexta-feira Santa, a 10 de Abril de 1998. Segundo Bento XVI, a nova onda de violência vem ameaçar “as esperanças” que esse mesmo processo gerou “na região e em todo o mundo”. Após manifestar a sua “proximidade espiritual” às famílias das vítimas e aos feridos, o Papa pede que “ninguém se deixe vencer novamente pela horrenda tentação da violência”, multiplicando os esforços para “continuar a construir, através da paciência do diálogo, uma sociedade pacífica, justa e reconciliada”. Os Bispos das principais confissões cristãs na Irlanda do Norte visitaram os sobreviventes do atentado de Sábado à noite e manifestaram a sua revolta pelo sucedido, criticando os responsáveis pelo atentado.

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