Misericórdias realizam congresso na Madeira

O IX Congresso Nacional das Misericórdias decorrerá no Funchal, entre os dias 11 e 13 de Junho, com o tema “Modernização e inovação, instrumentos de sustentabilidade e qualidade”, e contará com vários conferencistas. Para a cerimónia de abertura estão convidados o Presidente do Governo Regional e o Bispo da nossa Diocese, entre outras entidades oficiais, civis e religiosas. O convite foi ontem apresentado pelo actual presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, que à comunicação social deu a conhecer os objectivos do evento.

Cerca de 500 pessoas vão participar no IX Congresso Nacional das Misericórdias agendado para o Funchal, entre os dias 11 e 13 de Junho próximo, para uma análise e avaliação do papel das Misericóridas na actualidade, os desafios sociais que reclamam maior intervenção destas instituições e as inovações a implementar na prestação de serviços, entre muitos outros aspectos.
O evento contará também com a presença de vários oradores, Provedores e personalidades de relevo na vida portuguesa, como Marcelo Rebelo de Sousa, Horácio Roque, entre outros, adiantou ontem aos jornalistas o presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), no final da audiência que manteve com o Chefe do Executivo madeirense a quem foi convidar para presidir à sessão de abertura do Congresso.
Segundo Manuel Lemos, as Misericórdias no nosso tempo estão de boas relações com as entidades oficiais em geral, com o mesmo objectivo de sempre, que é o de ajudar quem mais precisa. “As Misericórdias portuguesas existem há 510 anos e não estamos em concorrência com ninguém, mas em cooperação e complementaridade”, observou.
O mesmo se passa no relacionamento com as instâncias eclesiásticas porque “é nos valores da Igreja Católica que encontramos a nossa raiz. Com respeito pela nossa identidade e autonomia temos colaborado activamente com a Igreja Católica”, acrescentou o presidente da UMP que também ontem esteve reunido com o Bispo do Funchal para a apresentação do Congresso.

Resposta das Misericórdias em tempo de crise

A crise actual, a nível do nosso país e do mundo, exige das Misericórdias respostas concretas e imediatas. “Não sabemos quanto tempo dura a crise, mas Misericórdias são procuradas por pessoas de todos os estratos sociais”, reconheceu Manuel Lemos quando questionado pelos jornalistas a caracterizar a acção daquelas instituições no presente.
“Hoje, o problema não é só uma questão de falta de rendimentos, há também questões de segurança e de solidão. Somos instituições com 510 anos e precisamos estar atentos aos novos desafios”, acrescentou.
Daí que o próximo Congresso seja uma grande oportunidade “para pensarmos como em tempo de crise podemos responder melhor a estes desafios, com flexibilidade e a ajuda de todo”, com “discussão e análise sobre a nossa capacidade de inovação e modernização.
Convidamos, por isso, personalidades com muito conhecimento que nos possam ajudar e acompanhar, para não perderemos a dimensão humana e os valores que são a nossa marca distintiva”, afirmou o responsável máximo pela União das Misericórdias Portuguesas.
Por esta razão, a UMP aceitou também colaborar no “programa para a criação de mais empregos”, através de recente protocolo com o Governo. “Pensamos que é uma resposta muito importante para estes tempos porque podemos empregar mais pessoas, se nos derem condições. Não reclamamos mais dinheiro, mas condições para trabalhar”. sublinhou Manuel Lemos.
Nas audiências com o Presidente do Governo Regional e com o Bispo do Funchal, este dirigente fez-se acompanhar do Provedor da Misericórdia de Machico, Luís Delgado e de um outro membro da direcção nacional da União das Misericórdias Portuguesas.

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