Papa apela à defesa da natureza

Bento XVI deixou este Domingo um novo apelo em favor da preservação do ambiente, pedindo um esforço de todos. O Papa falava após a recitação do Angelus, lembrando o 20.º aniversário do Protocolo de Montreal sobre a protecção da camada de ozono. “Desejo que se intensifique a cooperação, entre todos, a fim de promover o bem comum, o desenvolvimento e a salvaguarda da criação, reforçando a aliança entre o homem e o ambiente, que deve ser espelho do amor criador de deus, de onde vimos e para onde caminhamos”, disse. “Nas últimas duas décadas, graças a uma exemplar colaboração na comunidade internacional, entre política, ciência e economia, obtiveram-se resultados importantes com repercussões positivas nas gerações presentes e futuras”, acrescentou. Durante as últimas semanas, o Papa tem repetido apelos em favor do meio ambiente, como aconteceu recentemente em relação à defesa do Ártico, sublinhando que “a conservação dos recursos hídrico e a atenção às mudanças climáticas são matérias de enorme importância para toda a família humana”. Bento XVI manifestou-se “encorajado pelo crescente reconhecimento da necessidade de preservar o ambiente” e convidou todos a “rezar e trabalhar por um maior respeito de todas as maravilhas da criação de Deus”. Poucos dias antes, o Papa pedira que se invertesse tendência da degradação ambiental. “Antes que seja tarde demais, é necessário fazer escolhas corajosas para recriar uma forte aliança entre o Homem e a Terra. É preciso dizer «Sim» – com firmeza – à tutela da Criação e a um forte empenho para inverter as tendências, que se arriscam a causar situações de degradação irreversível”, afirmou. Na sua Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2007, o Papa manifestou preocupações ambientais, apelando à humanidade para que “tome consciência cada vez mais das ligações existentes entre a ecologia natural, ou seja, o respeito pela natureza, e a ecologia humana”. “A experiência demonstra que toda a atitude de desprezo pelo ambiente provoca danos à convivência humana e vice-versa”. Meses antes, a 30 de Novembro de 2006, Bento XVI e Bartolomeu I assinavam uma declaração em que falavam dos “grandes perigos para o ambiente natural” e manifestavam “preocupação pelas consequências negativas que possam derivar para a humanidade e para toda a criação, de um progresso económico e tecnológico que não reconhece os seus próprios limites”. “Como líderes religiosos, consideramos um dos nossos deveres encorajar e sustentar os esforços desenvolvidos para proteger a criação de Deus e para deixar às gerações vindouras uma terra na qual possam viver”, escreveram.

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