Papa apela à confiança

Bento XVI evoca beatificação do padre e mártir polaco Jerzy Popiełuszko

A alocução que Bento XVI proferiu este Domingo na oração do Angelus evocou dois momentos da vida de Maria ligados ao início e ao fim da vida terrena de Jesus, seu filho.

A “anunciação” – momento em que um anjo declarou que ela, se assim o aceitasse, ficaria grávida de Jesus – “foi o sinal de que Deus elegeu a sua humilde serva para cooperar com Ele na tarefa da salvação”, disse o Papa.

“Através do seu ‘sim’, a esperança da história tornou-se realidade”, acrescentou Bento XVI, que logo a seguir lembrou a crucificação de Jesus.

“Cerca de trinta anos mais tarde, quando Maria chorava aos pés da cruz, deve ter-lhe sido difícil manter viva essa esperança. As forças das trevas pareciam ter triunfado. E no seu íntimo ela deveria ter-se recordado das palavras do anjo”, disse o Papa.

“Também nós, seus filhos, vivemos na mesma esperança confiante de que a Palavra feita carne no seio de Maria nunca nos abandonará.”

No final do Angelus, o Papa fez uma alusão à beatificação que ocorreu este Domingo, em Varsóvia, do Pe. Jerzy Popieluszko, morto em 1984 por agentes do regime comunista polaco.

“Dirijo as minhas cordiais saudações à Igreja que está na Polónia e que se alegra hoje com a elevação à glória dos altares do Padre Jerzy Popieluszko. O seu zeloso ministério e o seu martírio são um sinal eloquente da vitória do bem sobre o mal. Possam o seu exemplo e a sua intercessão alimentar o zelo dos padres e fazer nascer a fé, no amor.”

A oração do Angelus – cujo nome deriva do “anjo” que visitou Maria e que lhe anunciou que iria conceber um filho – louva a Virgem pelo seu assentimento em tornar-se mãe de Deus.

A prece, rezada ao meio-dia, inclui três Ave-marias acompanhadas pela narração do encontro da Virgem com o anjo, terminando com um breve hino de louvor à Santíssima Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo.

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