Papa apela à colaboração entre ONG´s católicas perante relativismo moral

Bento XVI lançou este Sábado um apelo à colaboração entre as ONG’s católicas de todo o mundo para a promoção de “princípios éticos não negociáveis”. Num discurso dirigido aos participantes no I Fórum das Organizações Não-Governamentais de inspiração católicas, que decorreu no Vaticano, o Papa criticou duramente a “lógica relativista” que caracteriza o “debate internacional” em várias ocasiões. Perante as várias “problemáticas e desafios” que a ONU e outras organizações internacionais e regionais têm de enfrentar, as ONG’s católicas devem “realizar a sua missão de forma concertada com a Santa Sé”. O objectivo é “promover, em conjunto, princípios éticos não negociáveis” em matérias como o aborto, a eutanásia, a investigação em embriões humanos, as legislações sobre o matrimónio ou a educação. Esta linha de pensamento leva a que, várias vezes, a Santa Sé esteja em rota de colisão com organizações internacionais. O Papa lamentou que a “lógica relativista” apresente como única garantia de convivência pacífica “a negação do direito de cidadania às verdades sobre o homem e a sua dignidade”. “Impõe-se assim uma concepção do direito e da política, na qual o consenso entre os Estados – obtido muitas vezes em função de interesses com horizontes curtos ou manipulados por pressões ideológicas – seria a única e última fonte das normas internacionais”, acrescentou. Após as primeiras notícias divulgadas pelas agências internacionais a respeito deste discurso papal, o director dos serviços de informação do Vaticano veio desmentir qualquer ataque contra a ONU. “O Papa não afirmou que o relativismo moral domina as Nações Unidas”, sublinhou o Pe. Federico Lombardi.

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