Deus como uma construção do cérebro

O diálogo e confronto entre a Fé e as recentes descobertas da Ciência foram o mote do Colóquio “Porquê Deus se temos Ciência”, organizado pela Faculdade de Filosofia de Braga, da UCP, no passado dia 30 de Novembro. Os dados e a perspectiva das Neuroências foram apresentados por Sofia Reimão, especialista em Neurorradiologia no Hospital de Santa Maria da Feira e assistente de Fisiopatologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, para quem as experiências místicas de Buda, Maomé e do próprio S. Paulo seriam a consequência (natural) de ressonâncias magnéticas, ou ataques epilépticos. Sofia Reimão acredita que as Neurociências fornecem “novas oportunidades para compreender a base cognitiva da religião” e defende uma relação de diálogo entre Fé e Ciência. Alfredo Dinis, director da Faculdade de Filosofia e presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências Cognitivas, encerrou o Colóquio alertando para a necessidade e urgência de um diálogo entre Ciência e Fé, uma vez que ambas partilham um só interesse: o ser humano. “Não é possível à Teologia negar as descobertas da Ciência”, esclarece Alfredo Dinis, segundo o qual “uma das grandes causas da crise do Cristianismo é o facto da Ciência e da Religião estarem de costas voltadas”. O Colóquio ‘Porquê Deus se temos Ciência’ foi organizado pela Faculdade de Filosofia, em parceria com a Sociedade Portuguesa de Ciências Cognitivas.

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